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terça-feira, 24 de junho de 2014

A vista da minha janela

Cada mês, a cada estação, a vista da minha janela muda constantemente.

No Hemisfério Norte, em janeiro, as árvores perdem as folhas e a grama fica murcha, áspera e marrom.

Em março, surgem sinais de nova vida. Rebentos aparecem nos ramos, as flores lutam para brotar no solo encharcado, onde ainda se veem restos das geadas das primeiras horas da manhã. Os pássaros voltam e põem-se a trabalhar na busca por alimentos e na construção de seus ninhos. As encostas dos morros distantes ganham um tom verde pálido, pintado pela grama que nasce dos restos marrons da relva do ano anterior.

Em maio, as flores já estão plenamente desabrochadas. Novas folhas podem ser vistas todos os dias. As árvores e os arbustos vivem cheios de sons e atividade. Parece que um tapete verde viçoso se espalhou sobre todo espaço não ocupado. Os montes parecem vivos com tanta movimentação. Numa encosta, cordeiros que não desgrudam das mães. Em outras imediações, vacas se alimentam em pastos vigorosos.

Julho. Todas as árvores estão cobertas por um grosso dossel de folhas. As floreiras do jardim nos fundos do meu quintal estão no auge da vida, como se recobertas por mantos com estampas amarelas, cor-de-rosa e brancas. O verde esmeralda do gramado serve de fundo para as pequenas margaridas brancas com rostinhos amarelos e brilhantes. E tudo ao som das canções entoadas pelos pássaros que saltam de galho em galho.

Chega setembro. As folhas antes totalmente verdes começam a ganhar tonalidades douradas e vermelhas. O som nostálgico da relva crescida embalada pela brisa é o arauto do fim de uma estação.

Em outubro, as folhas despencam das árvores. Das poucas flores sobreviventes cada vez mais pétalas são roubadas pelas rajadas do vento frio outonal.

Novembro. As encostas dos morros se esvaziaram mais uma vez. Refugiam-se em outras bandas os animais e as árvores estão desnudas, exceto pela fina camada de neve que nelas se assentou, e um ou outro resquício de verde mais resistente.

Mudança é a marca da natureza. Que possamos dar boas vindas às mudanças, com a mesma dignidade e graça vistas no mundo que nos cerca.

Eclesiastes 3:1 – Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu:

Daniel 2:21 - Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir.

Gênesis 8:22 - “Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão”.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Um Deus que me conhece

A doutrina de Deus

Deus é onipresente e onisciente

Um Deus que me conhece

Leitura diária: Salmo 139.1-3

Leitura da Bíblia em um ano: Salmos 42, 43 e 44

  Uma das coisas mais difíceis, mesmo diante de toda a técnica da psicologia moderna, é conhecer-se a personalidade humana. Nos meados do século passado, quando os estudos da Psicologia se aprofundaram, tornando-se uma ciência reconhecida mundialmente, Alexis Carrell, fisiologista e cirurgião francês, lançou sua obra aceita internacionalmente como um dos primeiros ensaios em que este mistério se identificava para a humanidade: O homem, este desconhecido (1936).  Impressiona-nos, diante disto, o que, há três mil anos, um simples pastor, guerreiro, poeta e rei de uma distante e desconhecida região do Oriente Médio conseguiu: desvendar com toda a perspicácia e profundidade este universo que se esconde por trás e por dentro da roupagem física e material de que se reveste o ser humano. Este capítulo dos salmos que vamos ler durante toda esta semana é um repositório maravilhoso de percepções e sensações que só mesmo uma alma em contato com um ser superior divino poderia tecer com tanto detalhamento 1.000 anos antes de Cristo chegar ao mundo. Já o primeiro versículo nos deslumbra: "Senhor, tu me sondaste, e me conheces" (Sl 139.1). Esta expressão verbal "sondar", que vem de um hebraico que deveria indicar peneirar ou espalhar, é aquela que melhor identifica o ato de pesquisar o interior de algo. Hoje, quando as grandes companhias petrolíferas chegam a algum lugar onde haja indicação da existência do rico minério, elas se valem de "sondas", assim chamadas aquelas grandes perfuratrizes que penetram o solo, rochoso ou não, até o seu mais profundo interior em busca do chamado ouro negro, agora em profundidades maiores ainda em razão do "pré-sal". O que Davi queria dizer é que o Senhor é esta sonda que penetra o interior de nosso coração e nos conhece no profundo de nosso ser. Ele, só ele, nos conhece no íntimo e sabe do que somos formados e temos em nós.  Oração para o dia:Senhor, eu quero abrir o meu coração para ti. Que não haja espaços ocultos. Que tu me conheças em toda a integridade.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A acusação contra a vida falsa

Mateus – O Evangelho do reino 
O sermão acusador

A acusação contra a vida falsa

Leitura diária: Mateus 23.1-12

Leitura da Bíblia em um ano: Neemias, capítulos 8, 9 e 10  

O sermão acusador começa agora. O capítulo 23 é um verdadeiro libelo contra as classes dirigentes em Jerusalém. Os sacerdotes, levitas e escribas, os líderes religiosos do povo judeu, tinham se afastado do verdadeiro culto; os fariseus e saduceus, grupos mais políticos que religiosos, mas que exerciam também a liderança em Jerusalém, pois muitos faziam parte do sinédrio, também tinham-se perdido em suas discussões filosóficas, legais e sociais, perdendo a identidade que deviam ter com o Senhor Deus. Todos esses primeiros 12 versículos se destinam a execrar a vida falsa que viviam. Cristo vai chamar a atenção deles para o fato de que exigiam vida santa do povo, mas eles mesmos não a viviam. Usavam de vários recursos para impressionar o povo sobre sua fidelidade a Deus, mas, na verdade, tudo que faziam era aparente, pois no íntimo não viviam daquela forma. Pregavam muito a teoria da lei da boca para fora, mas não a viviam da boca para dentro. Seu distanciamento da prática da verdade bíblica era tal que Cristo chega mesmo a pregar ao povo desta maneira: "Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam" (Mt 23.3). Este tem sido o grande desafio da igreja de Cristo desde os tempos antigos. Esta exigência de vida santa por parte de sua liderança é fundamental para que a mensagem do evangelho seja difundida. No AT, Abimeleque desonrou o juizado de Gideão, seu pai; Hofni e Fineias, filhos de Samuel, desonraram o profetismo do pai. No NT, Anás e Caifás, bem como muitos outros líderes, estavam também desonrando o sacerdócio de Esdras. Como estamos eu e você vivendo a vida santa que a Palavra de Deus nos recomenda? Se somos líderes, que qualidade de liderança estamos exercendo? Apenas aparente para impressionar bem os outros? Ou, como os escribas e fariseus do passado, estamos apenas querendo "aparecer" como santos? Que uma análise espiritual nos leve a honrar sempre aquilo que cremos e pregamos.  

Oração para o dia:Senhor, que a minha vida pública não seja santa na aparência, mas, sim, um reflexo da minha vida íntima de comunhão contigo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SEU TRABALHO É DESCANSAR EM MIM

No capitulo 28 do livro do Profeta Isaías, está dito que é fácil que no povo se instale um espírito no qual a alma individual e coletiva venha a variar do pólo da embriaguez e do anestesiamento da consciência até o pólo do legalismo, das regras e mais regras, dos preceitos e mais preceitos; pois, para a alma sem rendição ao Espírito de Deus e ao governo do próprio espírito sob a obediência à Palavra, a simples e única ordem de Deus para descansar Nele e dar descanso ao próximo (como salvação!) é algo pior do que a esquizofrenia tomada de neurose — regras e mais regras; preceito e mais preceito; um pouco aqui, um pouco ali... — enquanto se vive em estado de dormência, de embriaguez.


Leia o texto e certifique-se que o espírito da mensagem é de fato conforme anuncio.


Entretanto, o que desejo deixar para você pensar e meditar é simples:


Por que será que nossa natureza prefere a sinuosidade em lugar do que é reto; prefere a complexidade em detrimento do que é simples; e prefere o peso e o jugo em vez de desejar de fato o que é leve e suave como jugo a ser levado na existência?


Daí o Levitico associar o dia do Descanso à aflição da alma. Sim! A alma prefere tudo a ter que descansar. Ela se aflige no dia do Descanso. Daí Descansar ser uma Ordem, um Mandamento.


A alma natural até gosta de distração e de lazer, mas odeia o Descanso!


Na distração e no lazer, ou mesmo na vagabundagem, a alma ainda sente que pagou por isso; e, no caso da vagabundagem, a pessoa sente que é melhor que as demais, mais esperta, e, por isso, pode se aproveitar sem pressa...


Mas se a proposta for Descanso, então, mesmo o mais vagabundo foge!


Descanso, no espírito da Palavra, não é irresponsabilidade e nem vagabundagem. Descanso é confiança. É entrega. É fé e certeza de que Deus cuida de nós. E isso vai de tudo a tudo; e cobre todas as dimensões do que para nós seja vida; e até daquelas coisas que são vida, mas que nós ainda ignoramos.


Por isso, Descansar é o trabalho mais difícil. Assim, por tal razão, a alma prefere viajar perdida entre a embriaguez e o legalismo; culpada e tonta; sem sentido e sem alegria — do que simplesmente confiar em Deus e entregar-se de maneira corajosa na fé, de tal modo que qualquer coisa que lhe sobrevenha não a tire da certeza do amor e do cuidado de Deus por ela, a alma.


Entretanto, isso demanda que a alma abra mão de si mesma (que morra para sua própria vaidade); e que não mais se julgue certa; e que confie muito mais na Palavra e no mandamento do amor de Deus do que em qualquer outra impressão de certeza nesta vida.


Descansar e dar descanso. Esta é a salvação!


Mas quem deseja entrar pela Porta do Descanso descansando e confiando inteiramente na Graça de Deus?


Assim, ensina Isaías, ou é confiança na Graça, manifesta como Descanso em Deus, e Descanso ao Próximo (não o oprimindo), ou a alternativa é a neurose e a crescente esquizofrenia dos que se embriagam para poder dizer: “Faça assim!” — pois eles mesmos não fazem e nem crêem, posto que não são.


O nosso trabalho é Descansar Nele.


Do contrário, o que sobra é a esquizofrenia de uma existência que acontece entre a embriaguez e a fuga da verdade e da realidade, de um lado; e, de outro lado, pela via do moralismo, do legalismo, e das observâncias a exterioridades, a mais aguda neurose.


Caio
17/06/07


Lago Norte
Brasília


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

viva o cristo vivo no natal!


"E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel." Mateus 2.6

Enquanto os crentes, os teólogos nas redondezas de Belém e em Jerusalém ficavam discutindo as Escrituras, os sábios do Oriente, que eram gentios possuidores de uma fé singela e pura, foram abençoados pelo maravilhoso cumprimento dessas mesmas Escrituras. Hoje em dia não é diferente: enquanto os cristãos brigam entre si, e os teólogos publicam suas disputas, um pequeno grupo dentro da grande cristandade crê na profecia bíblica já cumprida e crê na Palavra de Deus que está se cumprindo em nossos dias, e assim recebe a bênção de Deus que é sem medida. Esses cristãos, por não crerem apenas na Palavra, mas também em seu cumprimento nos dias de hoje, também recebem a luz que vem de Deus. E é dessas pessoas que o Senhor Jesus diz: "Vós sois a luz do mundo". Que grande tarefa! Por isso, firme-se na Palavra profética, que se cumpre hoje diante dos olhos de todos. Verdadeiramente podemos dizer: "Vimos a sua estrela!" O Rei está a caminho, Ele vem! A festa do Natal é a festa da esperança viva. Aquele que veio uma vez, brevemente voltará!

Extraído do livro "Pérolas Diárias" (de Wim Malgo)

Cristo na profecia



"Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta." Mateus 2.5

Nesses dias de Natal, tem-se a impressão de que milhões de pessoas crêem firmemente no cumprimento da profecia bíblica que fala da primeira vinda de Jesus. Mas é interessante observar que essas mesmas pessoas têm dificuldades em crer que hoje, em nossos dias, se cumprem profecias feitas por Deus! É verdade que muitos crêem na Palavra de Deus, mas não crêem no seu cumprimento. A História se repete: por ocasião do nascimento de Jesus, os sumo sacerdotes e escribas criam com fidelidade ferrenha na Palavra de Deus e em seu cumprimento, e até a citaram para responder prontamente quando Herodes timidamente lhes perguntou onde Jesus deveria nascer. "Em Belém da Judéia", disseram eles. Mas, por outro lado, se negavam a crer que esta promessa poderia estar se cumprindo bem naquele instante. Um exemplo bem oposto são os sábios do Oriente, que não conheciam as Escrituras, porém viram a luz, e, com toda a certeza em seus corações, seguiram a estrela, e, chegando finalmente em Jerusalém, perguntaram: "Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no Oriente." Os crentes daquela época criam nas Escrituras, mas não criam no seu cumprimento; os gentios ignorantes, pelo contrário, tinham a luz, creram nela, seguiram-na e encontraram Jesus! Assim aconteceu na primeira vinda de Jesus, e acontece ainda hoje: "...muitos primeiros serão últimos: e os últimos, primeiros."

Extraído do livro "Pérolas Diárias" (de Wim Malgo)

Números 36:1-13


Novamente encontramos as cinco filhas de Zelofeade (27:1-11), as quais já conhecemos. Aqui são os líderes da tribo de Manassés que falam agora a Moisés e aos príncipes acerca da questão da herança, aparentemente sem nenhuma importância. Qual era o problema? Cada tribo devia possuir seu próprio território. Mas, em casos como este, em que uma mulher recebia uma herança, o casamento dela com um homem de outra tribo faria com que a herança passasse para a tribo do marido. Isso não devia acontecer. Moisés determina a questão segundo o mandado do Senhor. Os casamentos deveriam ser entre pessoas da mesma tribo. Jovens que pertencem ao Senhor, esta instrução diz respeito a vocês! O casamento pode fazer com vocês percam o gozo de sua herança celestial. Se a pessoa com quem você pensa em se casar um dia não compartilha de sua herança celestial, não entre nesse barco furado.

É surpreendente que este livro do deserto finalize com uma nota relativa à herança. Na verdade, o Jordão ainda não tinha sido atravessado. Ainda não houvera tempo o suficiente para pensar a respeito? Esse não era o pensamento de Deus. Ele já está nos falando acerca de nossa pátria celestial, pois o desejo dEle é que o nosso coração esteja ocupado com ela.