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segunda-feira, 10 de maio de 2021

#02J# O ENSINO DO BOM PROCEDER: Para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade (Pv 1.3).

O positivismo de Augusto Comte diz que o problema básico do ser humano é a ignorância. O ser humano, porém, precisa não apenas de informação, mas sobretudo de transformação. O ser humano besuntado de conhecimento, mas sem generoso procedimento, pode transformar-se num monstro. No século 20, do topo do mais refinado conhecimento, a humanidade provocou duas sangrentas guerras mundiais. Mais de 100 milhões de pessoas foram ceifadas de forma cruel. Na contramão desse conhecimento divorciado da bondade, Salomão fala sobre o ensino do bom proceder que deságua na prática da justiça, no exercício do juízo e na manifestação da equidade. Onde reina a injustiça nos relacionamentos e a opressão nos tribunais, aí fracassa o bom proceder. Onde o juízo é torcido, onde a verdade é sonegada e o culpado é tratado como inocente, aí o bom proceder cobre a cara de vergonha. Onde a equidade está ausente e o forte tripudia sobre o fraco, onde o rico prevalece sobre o pobre e os desonestos ajuntam os tesouros da impiedade, aí abrem-se largas avenidas para toda sorte de corrupção e violência. Precisamos não apenas de conhecimento, mas de ensino, ensino que desemboca no bom proceder. Não basta informação, precisamos de transformação. Não é suficiente termos luz na cabeça, precisamos ter amor no coração. Conhecimento sem bom proceder gera soberba opressora e não ação misericordiosa.

NOTAS 
H. D. L

#01J# PROVÉRBIOS, UM MANUAL DE SABEDORIA: Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel. Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência (Pv 1.1,2). PENSAR 🤔 TEOLOGIA... Com Carlos Ribeiro

Salomão transcendeu a todos os reis de Israel em conhecimento, sabedoria e riqueza. Como Davi, seu pai, fora o grande rei de Israel. Ao sucedê-lo, Salomão pediu a Deus sabedoria para governar. Recebeu não apenas sabedoria singular, mas também riquezas incontáveis. Tornou-se um homem erudito, perito em ciência e douto nas questões práticas da vida. Escreveu a maior parte do livro de Provérbios, inspirado pelo Espírito Santo, a fim de repartir com as gerações pósteras princípios eternos de sabedoria que devem reger nossa vida em todas as suas áreas. Estudar o livro de Provérbios é matricular-se na escola da sabedoria. Mergulhar nas profundezas dessas verdades eternas é alargar a mente para entender as palavras de inteligência. É mister destacar que conhecimento nem sempre desemboca em sabedoria, embora a sabedoria sempre venha acompanhada de conhecimento. Sabedoria é o uso correto do conhecimento para alcançar os melhores fins. Sabedoria é aplicar o ensino recebido para viver de forma maiúscula e superlativa. Sabedoria é olhar para a vida com os olhos de Deus. É andar segundo o conselho de Deus, fazer sua vontade e deleitar-se nele. A sabedoria que afasta o ser humano de Deus é consumada loucura, mas o conhecimento que anda de mãos dadas com a sabedoria conduz o homem à felicidade.

O AMOR QUE SERVE Assim Jacó trabalhou sete anos por causa de Raquel; e estes lhe pareceram poucos dias, pelo muito que a amava (Gn 29.20).


 O amor é o mais belo e o mais nobre dos sentimentos. É o elo dourado que une os corações, a amálgama que mantém o relacionamento conjugal preso aos mesmos ideais. Jacó serviu a Labão sete anos para ter o direito de casar-se com Raquel, e estes anos lhe pareceram como poucos dias, porque o amor é paciente e também guerreiro. O amor faz sacrifícios que se tornam como fardos leves, porque, quando o trabalho é feito com amor, o esforço é lenitivo, e não peso. Jacó não serviu a Labão, pai de Raquel, por recompensa financeira. Sua motivação para servir não era o lucro. Sua aspiração não era a riqueza. O amor não é mesquinho. Não mede esforços nem regateia sacrifício. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo suporta. Hoje, muitos casamentos fracassam porque a motivação que leva os cônjuges ao altar está fora de foco. Há pessoas que se casam por vantagens financeiras. Há aqueles que se casam por conveniências políticas. A maioria desses casamentos entra em colapso porque o fundamento é roto, e o amor é raso. Embora Jacó tenha vivido em outro tempo e em outra cultura, sua atitude de servir por amor deve inspirar-nos ainda hoje. O amor que não se dispõe a fazer sacrifícios pela pessoa amada não é um verdadeiro amor. Quem ama serve. Quem ama se entrega!