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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

15 de fevereiro - UM VENCEDOR DE GIGANTES

 Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra o filisteu (1Sm 17.32). 

Os gigantes existem e são muitos. Atrevidos e insolentes, espalham-se pelo caminho com o propósito de nos intimidar. Um gigante é tudo aquilo que parece ser maior do que você. Há gigantes reais e irreais. Gigantes que estão fora de nós e gigantes que são criados no laboratório do medo. Quem nunca venceu um gigante dirá a você que é loucura enfrentar um deles. Os covardes pensam que os gigantes não podem ser vencidos. Os medrosos correrão com as pernas bambas de medo. Seu papel não é fugir dos gigantes nem temê-los, mas enfrentá-los e vencê-los. Um vencedor de gigantes é aquele que não escuta a voz dos pessimistas. Um vencedor de gigantes não supervaloriza as dificuldades do passado, mas aproveita as oportunidades do presente. Um vencedor de gigantes lida de forma inteligente e sábia com os críticos. Triunfa primeiro sobre os críticos antes de derrubar os gigantes. Um vencedor de gigantes torna-se um especialista no que faz. Não traja armadura alheia, mas revela destreza em empunhar suas próprias armas. Um vencedor de gigantes sabe que a vitória vem de Deus, porque toda a glória pertence a Deus. Um vencedor de gigantes é encorajador. Não se contenta em fazer carreira solo. Seu exemplo inspira os abatidos e levanta os prostrados. Sua vida é uma bandeira que drapeja no estandarte, convocando os abatidos para a peleja vitoriosa.

14 de fevereiro - APRENDA A LIDAR COM SEUS CRÍTICOS

 Respondeu Davi: Que fiz eu agora? Fiz somente uma pergunta. Desviou-se dele para outro e falou a mesma coisa... (1Sm 17.29,30). 

É impossível ser um vencedor na vida sem lidar com críticas. Os críticos estão espalhados por todos os lados e teimam em nos atacar. Davi teve de lidar com alguns críticos como Golias e Saul. Contudo, o crítico mais amargo de Davi foi Eliabe, seu irmão mais velho. A crítica sempre dói, mas há momentos em que dói mais ainda. Primeiro, quando vem daqueles que deveriam estar do nosso lado e estão contra nós. Segundo, quando vem daqueles que nos conhecem há muito tempo. Terceiro, quando vem envelopada com destempero emocional. Quarto, quando é contínua. Quinto, quando julga até nossas intenções. Sexto, quando visa humilhar-nos. Todos esses componentes estavam presentes nas críticas de Eliabe a Davi. O que mais incomoda nossos críticos não são nossos defeitos, mas nossas virtudes. A nossa vitória é a derrota dos críticos. A nossa coragem denuncia a covardia dos críticos. Eliabe não podia alegrar-se com a coragem de Davi, manifestada na disposição de lutar contra o gigante Golias, pois fazia parte da soldadesca de Israel que fugira acovardada desse guerreiro insolente. A melhor maneira de lidar com os críticos é fugir deles. Se você der ouvido aos críticos, perderá seu sono, sua paz e seu foco. Deus chamou você para fugir dos críticos e vencer os gigantes!

13 de fevereiro - NÃO BASTA COMEÇAR BEM

 Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas (1Sm 28.6).

Saul foi o primeiro rei de Israel. Governou a nação por quarenta anos. Seus primeiros anos foram bem-sucedidos, porém seu reinado terminou de forma trágica. Não basta começar bem; é preciso terminar bem. Não basta iniciar a jornada com bons propósitos; é preciso completar a carreira com integridade. Saul se desviou do caminho e pegou alguns atalhos perigosos. Sua obediência parcial se tornou desobediência total. Sua demora em obedecer a Deus se tornou rebelião deliberada. Sua dureza de coração e sua impiedade lhe fecharam a porta do arrependimento. O mesmo homem que um dia fora cheio do Espírito agora é tomado por espíritos malignos. O Espírito de Deus apartou-se dele, e o coração de Saul se encheu de ódio. Saul se tornou louco e violento. Retrocedeu em sua fé e acabou buscando o que outrora condenava. Saul consultou uma feiticeira em vez de consultar o Senhor. Foi assaltado pelo medo e atentou contra a própria vida. Começou bem e terminou mal. Começou vestindo a túnica da humildade e terminou a carreira cheio de soberba. Começou com a bênção de Deus e fechou as cortinas de sua vida longe de Deus. Não basta começar bem; é preciso terminar bem. Não bastam boas intenções, é preciso perseverança no andar com Deus.

12 de FEVEREIRO - CONSAGRE O SEU MELHOR PARA DEUS

 Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor... (1Sm 1.27,28).

Ana foi uma mulher extraordinária. Lutou pelo sonho de ser mãe, a despeito de todos à sua volta conspirarem contra esse propósito. Derramou lágrimas no altar e o coração diante de Deus. Jamais recuou. Queria um filho não para si mesma, mas para consagrá-lo a Deus. Teve a ousadia de oferecer o seu melhor para Deus. Em resposta divina a todo o seu clamor e cumprindo a palavra profética de Eli, Ana concebeu e deu à luz Samuel. Consagrou-o ao Senhor por todos os dias de sua vida. Sabia que seu filho viera de Deus, era de Deus e devia ser consagrado de volta para Deus. Não fosse esse entendimento, e Samuel teria sido um ídolo na vida de Ana. Não compreendesse essa verdade, e sua vida teria gravitado ao redor de Samuel. Nós também precisamos entender que tudo o que somos e temos vem de Deus, é de Deus e deve ser consagrado de volta para Deus. Nossa família, nossa casa, nosso trabalho e nossos bens são dádivas de Deus. Devemos tomar o melhor daquilo que Deus nos tem dado e colocar no altar. Deus merece as primícias, e não as sobras. Precisamos colocar no altar de Deus o nosso Samuel. Precisamos compreender que o Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. Precisamos saber que os sonhos de Deus são maiores e melhores do que os nossos sonhos. Precisamos compreender que nada possuímos que não tenhamos recebido, para voluntária e alegremente devolvermos a Deus o melhor do que ele nos tem dado.

domingo, 26 de fevereiro de 2023

11 de fevereiro - UM GRANDE HOMEM, UM PEQUENO PAI

... julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu (1Sm 3.13).

 Eli foi juiz e sacerdote de Israel por quarenta anos, um período de grande instabilidade religiosa e profunda crise espiritual. Os filhos de Eli, Hofni e Fineias, cresceram na casa de Deus, mas não obedeceram a seu pai nem conheceram a Deus. Eram sacerdotes, mas não honravam a Deus. Eram ministros, mas não amavam o povo. Eram líderes, mas sua vida era uma pedra de tropeço para o povo. A impiedade de Hofni e Fineias tem muito a ver com a deficiência da criação. Eli era um pai ausente. Cuidava dos outros, mas se esquecia da própria família. Eli era um pai bonachão. Não tinha pulso para corrigir os filhos. Todo o povo comentava o comportamento escandaloso desses dois jovens sacerdotes, mas Eli não os disciplinava. Embora casados, Hofni e Fineias adulteravam dentro da casa de Deus. Desonravam a Deus, ofendiam o povo e desacatavam seu pai. Eli era um pai conivente. Além de ser tolerante com os erros dos filhos, era participante de seus desatinos. Amava mais aos filhos do que a Deus, por isso deixava de corrigi-los. Em vez de proteger os filhos, entregou-os à destruição. Finalmente, Eli se tornou um pai fatalista, que aceitou passivamente a decretação da derrota em sua família. Eli foi líder fora dos portões, mas um fracasso dentro de casa. Ajudou o povo, mas perdeu os filhos. Foi um grande homem, mas um pai pequeno.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

10 de fevereiro - ASSASSINOS DE SONHOS

 A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre (1Sm 1.6).

 Nossos sonhos nos alimentam na caminhada da vida. Dão-nos direção na jornada e força nas lutas. Quem tem sonhos, porém, precisa ter cuidado, porque existem muitos assassinos de sonhos à nossa espreita. Ana, mulher de Elcana, precisou lidar com três assassinos de sonhos. A primeira pessoa que tentou matar seus sonhos foi Penina, sua rival. Esta a provocava e a fazia chorar, a ponto de Ana entrar em depressão e não conseguir comer. A segunda pessoa que conspirou contra os sonhos de Ana foi o sacerdote Eli. Não compreendendo o drama vivido por ela, chamou-a de filha de Belial. Eli acusou Ana de estar bêbada no exato momento em que ela derramava sua alma diante de Deus. A terceira pessoa que desencorajou Ana foi Elcana, seu marido. Mesmo sendo um homem amoroso, tentou demover Ana de lutar pelos seus sonhos. Cuidado com os assassinos de sonhos! Eles podem estar muito mais perto do que você imagina. Podem ser membros de sua própria família. Mesmo que todos à sua volta conspirem contra seus sonhos, não desista deles. Deus não chamou você para considerar as circunstâncias, mas para viver pela fé. Não deixe que a opinião dos outros determine seus sentimentos nem que as palavras dos pessimistas matem seus sonhos. Não desista nunca de lutar, pois Deus é poderoso para transformar seus sonhos em realidade.

09 de fevereiro - NÃO DESISTA DE SEUS SONHOS

... Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva [...] e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida... (1Sm 1.11). Eu sei que você tem sonhos. Todos nós temos. Quem não sonha não vive; quem desistiu de sonhar desistiu de viver. É provável, porém, que você tenha perdido seus sonhos mais belos pelas estradas da vida. Talvez seus sonhos se tenham transformado em pesadelos. É até possível que você já tenha enterrado seus sonhos e desistido deles. Quero encorajá-lo, entrementes, a levar de volta esses sonhos à presença de Deus. Para o Senhor, não há impossíveis. Ana tinha um sonho, o sonho de ser mãe. Porém, Ana era estéril. Seu ventre era um deserto. Apesar das circunstâncias irremediáveis, Ana creu que Deus poderia fazer um milagre em sua vida. Ela não desistiu de esperar, ainda que contra a esperança. Não desistiu de orar, apesar do tempo que se adiava. Não desistiu de chorar diante de Deus, ainda que todos à sua volta tentassem fazê-la desistir. Ana tomou posse da promessa de Deus, em vez de nutrir na alma o absinto da revolta. Ana saiu da Casa de Deus com o rosto resplandecendo de alegria e a promessa da vitória em suas mãos. Ela voltou para casa e coabitou com o marido, Deus se lembrou dela, e Ana concebeu, dando à luz seu filho Samuel.

08 de fevereiro - AMOR, VERDADEIRO AMOR

Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus (Rt 1.16). 

A mais eloquente, vívida e entusiástica declaração de amor que encontramos na Bíblia não é de um homem para uma mulher nem de uma mulher para um homem; é de uma viúva jovem para sua sogra, uma viúva idosa, pobre e estrangeira. É a declaração do amor de Rute a Noemi. Depois de perder o marido e os dois filhos em Moabe, Noemi está de volta a Belém. Volta com a alma coberta por um véu de tristeza. Volta com a alma amargurada contra Deus. Despediu-se dos seus involuntariamente e agora se despede de suas noras voluntariamente. Orfa, a mulher de Quiliom, retorna à sua família e aos seus deuses; Rute, a mulher de Malom, porém, apega-se a Noemi e lhe diz: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti (Rt 1.16,17). Essa abnegada expressão de amor está alinhada com um sublime propósito de Deus. A jovem viúva, por divina providência, irá casar-se com Boaz, um abastado membro da família de Noemi, e se tornará mãe de Obede, pai de Jessé, pai de Davi, o grande rei de Israel. Rute será mais tarde mencionada como uma das ancestrais do Messias, o Filho de Deus. O investimento do amor deu a Rute o maior dos resultados!

07 de fevereiro - PROVIDÊNCIA CARRANCUDA, FACE SORRIDENTE

 Porém ela lhes dizia: Não me chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso (Rt 1.20).

 Não construa um monumento à sua dor. Seu vale escuro pode transformar-se num manancial. Suas lágrimas amargas podem converter-se numa fonte de consolo. Noemi, mulher de Elimeleque e mãe de Malom e Quiliom, enterrou toda a família em terra estrangeira. Ao voltar para Belém, estava com a alma amargurada diante daquela providência carrancuda. Resolveu mudar de nome e erguer um monumento à sua dor. Porque seu nome significa alegria, trocou-o por Mara, “amargura”. Atribuiu a Deus toda a desventura. Com a alma encharcada de dor, acusou o Altíssimo de ser o protagonista de todas as tragédias que desabaram sobre sua cabeça. Noemi estava decepcionada com Deus. Seu passado era de glória, seu presente era de dor, e seu futuro parecia ser uma tragédia. Noemi não sabia, porém, que no meio dessa providência carrancuda havia uma face sorridente. Deus estava repaginando sua história, escrevendo um dos capítulos mais emocionantes do mundo, pois essa viúva amargurada seria avó do grande rei Davi e ancestral do Messias. Longe de sua descendência ter sido apagada da história, foi perpetuada pelos séculos. Às vezes, também ficamos amargurados com as circunstâncias da vida. Sentimo--nos injustiçados. Perdemos o brilho da alegria. Cessamos de cantar e entregamo-nos à amargura. No entanto, mesmo que a providência nos pareça carrancuda, a face sorridente de Deus nos aponta um caminho cheio de vida e esperança.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

06 de fevereiro - FOME EM BELÉM

 Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos (Rt 1.1).

 Faltou pão na casa do pão. Belém, a cidade de Davi, onde Jesus, o Pão da vida, nasceu, significa “casa do pão”. Houve um dia em que faltou pão na casa do pão. A seca severa e a opressão dos inimigos fizeram de Belém um cenário de aridez e escassez. Nesse tempo, Elimeleque e Noemi saíram de Belém com seus filhos Malom e Quiliom e foram para Moabe em busca de sobrevivência. Em Moabe, porém, encontraram o espectro da doença e a carranca da morte. Naquela terra estrangeira, Elimeleque morreu, e seus filhos, casados com moabitas, também sucumbiram diante da morte. Agora, Noemi, já idosa, está só, pobre e viúva em terra estrangeira. A igreja é um símbolo de Belém. A igreja é a casa do pão. Há momentos, entretanto, em que falta pão na igreja. As pessoas famintas vêm em busca de pão, mas só encontram receita de pão. Os fornos estão frios e as prateleiras, vazias. Algumas igrejas se orgulham de informar aos famintos que, no passado, ali havia pão com fartura. Proclamam que a abundância de provisão já foi uma realidade gloriosa no passado. Mas os famintos não se satisfazem com lembrança de pão nem com receita de pão. Eles precisam de pão. Algumas pessoas, desesperadas, saem da igreja, a casa do pão, e vão para Moabe, onde não encontram sobrevivência, mas a morte. A solução não é abandonar a casa do pão, mas rogar àquele que tem pão com fartura que visite novamente sua casa.

05 de fevereiro - ESCOLHAS PERIGOSAS

 Subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-a, pois, por esposa (Jz 14.2). 

A vida é feita de escolhas. É como uma encruzilhada. Podemos colocar os pés na estrada da felicidade ou descer aos vales sombrios do fracasso. Somos resultado das nossas escolhas. Sansão tinha tudo para ser um grande herói em sua nação. Foi escolhido por Deus para ser o libertador do seu povo. Recebeu os princípios espirituais para ter uma vida vitoriosa. Porém, nas encruzilhadas da vida, tomou a direção errada. Quebrou seus três votos de consagração. Apanhou mel da caveira de um leão, fez uma festa regada a bebida, porque não quis ser diferente dos moços de sua época, e brincou com o perigo ao contar para a sedutora Dalila o segredo de sua força. Seus cabelos foram raspados, o Espírito de Deus se retirou dele, e o jovem prodígio caiu nas mãos dos filisteus. Sansão perdeu a força. Seus olhos foram vazados e, amarrado, ele ficou à mercê de seus inimigos. Foi levado para o templo de Dagom, um ídolo abominável, e lá, zombaram de Sansão e do Deus de Israel. Aquele que deveria trazer glória ao nome de Deus se tornou motivo de escárnio. Por causa de suas escolhas erradas, mesmo vingando-se de seus inimigos, Sansão pagou com a própria vida. Morreu sob os escombros de um templo pagão. Precisamos ter cuidado para não repetirmos esse erro. Uma escolha errada pode custar caro demais. Precisamos andar segundo o conselho de Deus. Esse é o caminho seguro.

04 de fevereiro - MEL NA CAVEIRA DE LEÃO

 Tomou o favo nas mãos e se foi andando e comendo dele [...]; porém não lhes deu a saber que do corpo do leão é que o tomara (Jz 14.9). 

Sansão era um nazireu e, como tal, não podia tocar em cadáver, beber vinho nem cortar o cabelo. Sansão era um portento. Seu nascimento foi um milagre, e sua vida, um fenômeno. Era um gigante. Na força do braço, ninguém conseguia superá-lo. Esse jovem foi escolhido por Deus para ser o libertador do seu povo, e seus pais se preocuparam com sua formação antes mesmo de seu nascimento. Sansão foi consagrado por Deus desde o ventre e foi um jovem cheio do Espírito. Porém, Sansão tinha um sério problema. Não conseguia dominar os próprios impulsos. Um dia viu uma moça filisteia. Disse ao pai que a queria como mulher. Em vão seu pai tentou demovê-lo. O jovem estava determinado. Quando ia para a casa dela, no caminho, um leão novo saltou em cima dele. Com sua força colossal, rasgou o leão como se rasga um cabrito e o jogou à beira da estrada. No dia do casamento, lembrou-se da façanha e passou por lá para relembrar a cena. Havia um enxame de abelhas na caveira do leão. Ele pegou um favo de mel e começou a comer. Ali, Sansão quebrou seu primeiro voto de nazireado. Como nazireu, não podia tocar em cadáver. Ainda hoje muitas pessoas quebram sua aliança com Deus, buscando prazer naquilo que está morto. Buscam mel na caveira de um leão morto. Buscam felicidade nas fontes do pecado. O prazer do pecado dura pouco. Na há felicidade na estrada da desobediência!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

03 de fevereiro - EU E A MINHA CASA

... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor (Js 24.15). 

A família é nosso maior tesouro, nosso mais precioso patrimônio. Todas as glórias do mundo perderiam seu brilho se, para recebê-las, tivéssemos de perder nossa família. Nenhuma glória humana compensa o fracasso da família. Nenhuma riqueza tem valor sem a felicidade da família. Como, porém, edificar uma família bem-aventurada? Qual é o segredo para edificar uma casa na rocha? Josué, o grande líder que introduziu o povo de Israel na terra prometida, dá-nos a receita: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Josué nos ensina aqui algumas coisas. Primeiro, a família precisa de liderança espiritual. Josué não deixou cada membro de sua família fazer sua própria escolha. Como timoneiro do lar, como cabeça da família, escolheu o melhor e decidiu conduzir sua casa por esse caminho. Segundo, a família precisa de unidade. Josué não se contentou em servir a Deus sozinho. Ele não abriu mão de ver sua família nas mesmas pegadas. Não podia avançar e deixar para trás sua casa. O mundo ao redor era de um politeísmo pagão. A idolatria e a imoralidade eram práticas comuns daqueles dias. Josué fez a escolha certa e convocou sua família para abraçá--la. Terceiro, a família precisa definir suas prioridades. Josué sabia que a coisa mais importante para sua família era servir ao Senhor. Seu maior projeto de vida não era ser rico ou fazer de seus filhos pessoas famosas em Israel. Sua maior glória não era usufruir as benesses da liderança, mas motivar e inspirar sua família a servir a Deus.

02 de fevereiro - ALIANÇA PERIGOSA

 Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança... (Js 9.14,15). 

Firmar aliança com desconhecidos é entrar num pacto de morte. Josué, o líder que introduziu Israel na terra prometida, cometeu esse grave erro. Deus lhe ordenara tomar posse da terra prometida. Ele não podia fazer aliança com os povos da terra; ao contrário, deveria expulsá-los. Os gibeonitas, porém, armaram uma estratégia para fazer uma aliança com Josué. Trajaram roupas puídas, usaram alforjes velhos com pão embolorado e afirmaram ser um povo que vinha de muito longe e, tendo ouvido falar das proezas de Israel, queria fazer uma aliança. Sem consultar a Deus, Josué fez aliança com os gibeonitas, para logo depois saber que aquele era um dos povos que os israelitas deveriam desalojar da terra. Depois de feita a aliança, não puderam quebrá-la. Mais de trezentos anos depois, no governo de Saul, essa aliança foi rompida e uma maldição veio sobre Israel. Precisamos ter cautela ao firmarmos alianças. Precisamos consultar a Deus antes de selarmos um pacto com alguém. Alianças precipitadas podem ser perigosas. Quantos casamentos apressados são feitos sem a direção de Deus! A Palavra de Deus adverte acerca do perigo do jugo desigual. Quantas sociedades são firmadas sem nenhuma prudência! Quantas lágrimas são vertidas e quanto sofrimento é amargado pelo simples fato de se firmarem alianças perigosas.

01 de fevereiro - O PECADO É MALIGNÍSSIMO

Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos [...]; já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada (Js 7.12).

 O pecado é coisa séria. É filho da cobiça e mãe da morte. Só os loucos zombam do pecado. É maligníssimo. É pior do que a doença e mais grave do que a morte. Estes males, embora graves, não nos podem afastar de Deus. O pecado, porém, separa o ser humano de Deus no tempo presente e depois lança sua alma no inferno. O pecado é maligníssimo. É uma fraude. Promete liberdade e escraviza; promete vida e mata. Israel acabara de conquistar uma vitória retumbante sobre a grande cidade de Jericó e agora amarga uma acachapante derrota diante da pequena cidade de Ai. Josué e os anciãos de Israel estão com o rosto em terra, clamando a Deus. Então, o Senhor instrui Josué a se colocar de pé e agir, pois existia pecado no meio do arraial. Acã tomou da cidade de Jericó coisas condenadas e as escondeu debaixo de sua tenda. O pecado nunca fica completamente encoberto. Ele sempre vem à tona. Deus disse que, enquanto o pecado não fosse removido, não estaria com Israel e Israel não conseguiria resistir a seus inimigos. Quando Deus caminha com seu povo, as bandeiras da vitória são desfraldadas. Porém, sem a companhia do Todo-Poderoso, a igreja se torna fraca e tímida. O pecado envergonha, enfraquece e traz em sua bagagem grandes sofrimentos. O salário do pecado é a morte. O pecado não compensa. Precisamos despojar-nos dele e abandoná-lo definitivamente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

31 de janeiro - AMANHÃ O SENHOR FARÁ MARAVILHAS

 Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Js 3.5). 

Israel estava na fronteira do rio Jordão. O grande dia da entrada na terra da promessa havia chegado. O sonho estava prestes a ser realizado. Antes de cruzar o Jordão, porém, Josué desafia o povo a fazer um exame de sua vida. A santidade é o caminho que pavimenta as maravilhas divinas. Duas verdades são destacadas no versículo em epígrafe. A primeira é que a santificação precede a intervenção divina. Deus opera maravilhas no meio de seu povo, mas antes disso o povo precisa acertar sua vida. Os vales precisam ser aterrados, os montes precisam ser nivelados, os caminhos tortos precisam ser endireitados e os escabrosos precisam ser aplainados. Se o pecado faz separação entre nós e Deus, a santificação abre portas para os milagres de Deus. A segunda verdade é que somente Deus pode fazer o extraordinário. Deus fez, faz e fará maravilhas na vida de seu povo. Ele é o mesmo Deus ontem, hoje e para sempre. A condição para que isso aconteça é santificar a nossa vida. Tanto o êxodo, a libertação do cativeiro, como a entrada na terra prometida foram obras de Deus. Na verdade, tudo provém de Deus. A nossa salvação é obra exclusiva de Deus. Ele a planejou, a executou e a consumará!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

30 de janeiro - NÃO TENHA MEDO

 Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares (Js 1.9).

 Moisés, o grande líder de Israel, estava morto. O povo ainda não havia entrado na terra prometida. Precisava cruzar o rio Jordão e conquistar cidades fortificadas. Os inimigos eram muitos e poderosos. O povo estava com o ânimo abatido por causa da morte de seu líder. É nesse contexto de luto e desânimo que Deus desafia Josué: Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel (Js 1.2). Os líderes passam, mas Deus continua no trono. Os homens nascem e morrem, mas Deus continua liderando o seu povo. Quando parece que chegamos ao fim da linha, Deus continua com as rédeas da história em suas onipotentes mãos. Josué tinha muitos motivos para ter medo, mas Deus oferece a ele o melhor antídoto, sua companhia! Com Deus ao nosso lado, cruzamos rios caudalosos, escalamos montes altaneiros, descemos a vales profundos e enfrentamos desertos causticantes. Nossa vitória não vem do braço da carne. É Deus quem luta as nossas guerras. É Deus quem adestra as nossas mãos para a peleja. É Deus quem desbarata os nossos inimigos. É Deus quem nos sustenta na caminhada e nos introduz na terra prometida. Em vez de termos medo, devemos ter fé. Em vez de olharmos para as circunstâncias, devemos olhar para o Deus que está no controle das circunstâncias!

29 de janeiro - EDUCANDO OS FILHOS PARA DEUS

Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos... (Dt 6.6,7). 

Albert Schweitzer disse que o exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única forma eficaz de fazê-lo. A educação cristã começa no lar, e a vida dos pais é o livro-texto. Antes de os pais inculcarem nos filhos as verdades cristãs, precisam esculpi-las no coração. A vida fala mais alto do que as palavras. O exemplo é mais eloquente do que os discursos. A vida dos pais é como um espelho. Para que um espelho seja útil, precisa estar limpo e ser iluminado. A Bíblia diz: Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele (Pv 22.6). Não é ensinar o caminho em que a criança quer andar, nem ensinar o caminho em que deve andar, mas ensinar no caminho. Isso significa ensinar por meio do exemplo. O ensino, porém, não se dá apenas por meio do exemplo. É preciso também um esforço deliberado para inculcar as verdades de Deus na mente dos filhos. Isso passa por uma repetição constante das mesmas verdades eternas. Implica trabalho, esforço e perseverança. Os pais não podem terceirizar a educação espiritual dos filhos. Cabe a eles educar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor. A promessa é que, ainda quando forem velhos, não se desviarão desse caminho.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

28 de janeiro - DEUS, NOSSO ÚNICO SENHOR

Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor (Dt 6.4).

 Há no mundo uma infinidade de deuses, porém, um só Deus vivo e verdadeiro. Os deuses dos povos são ídolos criados pela imaginação humana ou feitos por mãos humanas. Eles não têm vida nem podem salvar. Eles não nos carregam nos braços; precisam ser carregados. Israel foi o povo escolhido de Deus, dentre os povos, para servi-lo. Os povos ao redor de Israel eram pagãos e politeístas. Nesse cenário eivado de deuses, Israel deveria conhecer, adorar e proclamar o único Deus. Karl Marx disse que Deus é uma criação do homem. Porém, se o homem veio do pó, é pó e voltará ao pó, fico imaginando qual é o tamanho do deus de Karl Marx. A criatura não pode ser maior do que o seu criador. Nosso Deus não foi criado; ele é o criador. Ninguém lhe deu vida; ele é autoexistente. Ninguém lhe ensinou sabedoria nem lhe deu conselho; ele é onisciente. Ninguém o domestica; ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Conhecemos a Deus, porque ele se revelou através das obras da criação, pela sua palavra escrita e por meio de seu Filho unigênito. Num mundo pluralista e inclusivista, precisamos saber que o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Portanto, devemos amá-lo de todo o coração, com toda a nossa alma e com toda a nossa força.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

27 de janeiro - OLHANDO PARA JESUS

Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a serpente de bronze, sarava (Nm 21.9).

 A murmuração é um pecado de ingratidão. Azeda a alma, entorpece a mente e apaga as luzes da esperança. A murmuração provoca a ira de Deus. O povo de Israel partiu do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom, porém o povo se tornou impaciente no caminho e começou a falar contra Deus e contra Moisés. Afirmaram já estar enfastiados do maná e o chamaram de pão vil. Deus colocou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. Desesperados com as consequências trágicas de seu pecado, foram a Moisés e pediram para que este orasse a Deus, rogando a remoção das serpentes. Moisés clamou ao Senhor e Deus lhe respondeu, dizendo: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava (Nm 21.8,9). Mil e quinhentos anos depois, Jesus disse a Nicodemos: E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna (Jo 3.14,15). A única forma de sermos libertados do pecado, o veneno mortal da antiga serpente, é olharmos para Jesus, aquele que levou sobre si os nossos pecados. Nele temos completa redenção!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

26 de janeiro - SÍNDROME DE GAFANHOTO

 Também vimos ali gigantes [...], e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos (Nm 13.33). 

O povo de Israel havia saído da escravidão, mas ainda não havia entrado na terra prometida. Doze espias foram enviados para avistar a terra da promessa. Eram príncipes do povo, líderes de escol. Depois que avistaram a terra, trouxeram os frutos excelentes. Dez dos doze espias, porém, trouxeram um relatório negativo, induzindo o povo a uma inquietação perturbadora. Semearam a incredulidade, promoveram a rebeldia, incitaram o povo contra Deus e contra Moisés. Disseram que a terra era boa, mas tinha cidades fortificadas e gigantes invencíveis. Disseram ainda que, aos olhos dos gigantes, eles eram como gafanhotos, bem como aos seus próprios olhos. Triste inversão! Consideraram-se menos do que príncipes, menos do que homens, insetos! Gafanhotos! O pecado desses líderes foi tão grave que o povo se insurgiu contra Deus e no coração voltou para o Egito. Toda aquela geração perambulou quarenta anos no deserto e não entrou na terra da promessa. Apenas os dois espias que confiaram em Deus, Josué e Calebe, entraram na terra prometida; os demais pereceram na jornada. Quem venceu foi a síndrome de gafanhotos, e não os gigantes. Eles foram derrotados não pelas circunstâncias, mas pelos sentimentos. Caíram por causa da incredulidade, e não por causa dos gigantes. Tropeçaram nas próprias pernas. Foram derrotados pelos próprios pecados. O pecado é maligníssimo. Ele nos priva das delícias da terra prometida.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

25 de janeiro - A LEPRA DO PECADO

 Se ela se estender na pele, o sacerdote declarará imundo o homem; é lepra (Lv 13.22). 

A lepra era a doença mais temida nos tempos bíblicos. Medidas preventivas eram tomadas para que essa enfermidade contagiosa não se alastrasse. A lepra é um símbolo do pecado. Quais são as características da lepra? A lepra é contagiosa, tira a sensibilidade, deixa marcas, separa as pessoas, cheira mal, não tem cura; a lepra mata. Assim também é o pecado. O pecado é contagioso. Quem anda no conselho dos ímpios, no caminho dos pecadores, e se assenta na roda dos escarnecedores acaba sendo atraído e arrastado para essa rede mortal. O pecado tira a sensibilidade, endurece o coração e cauteriza a consciência. O pecado deixa marcas profundas na mente, nas emoções e na vontade. Macula a alma e adoece o corpo. O pecado separa as pessoas de Deus e do próximo. O pecado é desagregador. Não há comunhão no pecado. O pecado é maligníssimo e repugnante. É pior que a pobreza e o sofrimento. O pecado é uma doença incurável. O ser humano não pode purificar a si mesmo. Nenhum remédio da terra pode aliviar o ser humano de uma consciência atormentada pela culpa. O pecado, à semelhança da lepra, mata. O salário do pecado é a morte. Morte física, espiritual e eterna. Morte significa separação. Na morte física, a alma é separada do corpo. Na morte espiritual, o homem é separado de Deus. Na morte eterna, os que forem condenados no juízo serão banidos para sempre da presença de Deus!

24 de janeiro A ARCA DA ALIANÇA

 Também farão uma arca de madeira de acácia [...]. De ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora... (Êx 25.10,11).

 A arca da aliança era uma caixa de madeira de acácia, coberta de ouro, que ficava no Santo dos Santos, no tabernáculo. Se o tabernáculo é um símbolo da igreja, a arca da aliança é um símbolo de Cristo. A igreja é a habitação de Deus, e Cristo habita na igreja. A arca era feita de acácia, porque o Verbo se fez carne. Assim como a acácia é uma madeira dura e cheia de nós, Cristo assumiu não apenas a nossa humanidade, mas tomou sobre si os nossos pecados. Dentro da arca, havia três objetos: as tábuas da lei, o vaso com maná e a vara de Arão que floresceu. Esses três objetos apontam para Cristo. Jesus é a verdadeira Palavra de Deus, o Verbo encarnado, a revelação máxima de Deus. Jesus é o verdadeiro Pão que desceu do céu e alimenta todo homem. O maná é um pão perecível, mas Jesus é o Pão da vida; quem come desse pão nunca mais terá fome. Jesus é a vara seca que floresceu, pois, embora tenha sido crucificado, morto e sepultado, ressurgiu dentre os mortos e está vivo pelos séculos dos séculos. Vale destacar que Jesus está na igreja. A igreja é seu corpo. A arca era um símbolo da presença de Deus no meio do povo. Jesus está em nós. Transportamos sua presença. O Rei da glória que nem o céu dos céus pode conter habita em frágeis vasos de barro. Bendito mistério!

23 de janeiro - DEUS VEIO MORAR COM OS HOMENS

E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles (Êx 25.8).

 O Deus que nem o céu dos céus pode conter resolve habitar com seu povo. Então, ordena a Moisés que lhe faça um santuário. As prescrições para essa morada divina são absolutamente precisas. O santuário seria feito de acácia, uma madeira dura e cheia de nós, símbolo da nossa natureza pecaminosa. Essa madeira deveria ser cerrada em tábuas iguais, para mostrar que na igreja de Deus não existe hierarquia. Somos todos nivelados no mesmo patamar; somos servos. Depois essas tábuas deviam ser presas umas às outras por meio de um engaste. Isso significa que estamos aliançados uns com os outros. Somos membros da mesma família. As tábuas seriam colocadas na vertical, e não na horizontal, representando a posição de ação da igreja no mundo. Mas essas tábuas deveriam ser erguidas não sobre a areia do deserto, mas sobre uma base de prata. E a prata remete à redenção. Entre nós e o mundo existe a cruz de Cristo. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Somos construídos morada de Deus sobre o sólido fundamento da redenção. Depois que o santuário ficou pronto, Deus ordenou a Moisés cobrir toda a madeira de acácia com ouro puro. Isso remete à justificação. Embora pecadores, fomos justificados e cobertos pela justiça de Cristo. Quando Deus nos vê, não nos trata mais segundo os nossos pecados, mas nos vê cobertos com a perfeita justiça de seu Filho. O apóstolo Paulo diz que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo e que Deus habita em nós!