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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

“Amigo para valer, amigos para sempre!”

Éramos um grupo de quatro amigas inseparáveis, se alguma tinha um problema as outras três se mobilizavam para ajudar. Sempre que uma sofria, as outras estavam lá de prontidão para consolar, amparar, secar as lágrimas e até mesmo chamar a atenção se assim fosse necessário. Certo dia, uma de minhas amigas passou uma das maiores dores que uma jovem poderia passar, seu noivo foi nadar em uma cachoeira e morreu afogado. Céus! Que dor se abateu em todas nós. Em um dia estávamos felizes, sonhando o casamento da Paula e de repente este sonho é rompido. Como amigas, sabíamos que nosso papel era dar suporte, porém como ajudar quando também estávamos devastadas pela morte do nosso amigo? Quando meu celular tocou naquela manhã ensolarada, recebi a notícia do falecimento do Henrique e na mesma hora não tive dúvidas, pulei da cama e comecei a arrumar uma malinha. Minha família perguntou aonde eu ia e eu lhes disse que estava indo para a casa da Paula. Muitos me disseram: “Agora não adianta mais. Vai fazer o que lá? Você não pode ajudar.” Não importava, era minha amiga e eu tinha que estar do lado dela! Ficamos no velório dando o apoio necessário, até o momento mais doloroso do enterro em que fecharam o caixão e não mais veríamos o rosto do Henrique. Fui com a Paula para a casa dela e fiz o que podia para tentar suavizar sua dor na medida do possível! Orava para que o Senhor me ajudasse a controlar a minha dor para dar forças a ela, afinal, doía muito vê-la sofrer. Em alguns momentos, de fato me sentia meio inútil, pois não estava fazendo nada demais, apenas companhia, apenas servindo, apenas sendo amiga. Mas passado um ano, recebi um email dela:  
 “... Hoje estava me lembrando do quanto vocês foram e são importantes para mim, e foram principalmente um super apoio no momento mais difícil que passei na minha vida até hoje! Vim dizer que, certamente, vocês foram usadas por Deus em cada momento, em cada palavra, em cada gesto. Sei que não era fácil ouvir sempre as mesmas coisas, aguentar choro. Sei que vocês também estavam tristes e muitas vezes não podiam nem se expressar para não me deixar mais nervosa. Sei que provavelmente tiveram "contratempos" tanto para poderem vir a minha casa como vieram, como para poder ficar no telefone, enfim para me fazer companhia, seja pessoalmente, ou apenas com uma palavra de apoio! O que posso dizer é q amo vocês do fundo do meu coração...”

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