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domingo, 5 de abril de 2015

Ele Vive

Fazia cerca de três anos que haviam atendido ao chamado para seguir Jesus. Como isso aconteceu para cada um eram histórias diferentes. A Natanael foi dito que ele era “um verdadeiro israelita, em quem não havia nada falso”. Pedro e seu irmão, André, ouviram as palavras “Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens”, quando lançavam suas redes ao mar. Mateus estava no guichê da coletoria. Aqueles anos desde então haviam sido os mais fascinantes e intensos de suas vidas. Jesus era a pessoa mais incrível que conheciam e O amavam profundamente. Eles testemunharam coisas fantásticas: muitas curas milagrosas, pessoas sendo libertas de forças demoníacas, alguns pães e peixes se multiplicarem para alimentar cinco milhares de pessoas. Certo dia, encontram um cortejo fúnebre na rua e Jesus ficou tão sensibilizado pela dor da mulher que pranteava a morte do filho que parou a procissão, tocou o esquife, o jovem recobrou a vida e se sentou. Este não foi o único ressuscitado. Em outra ocasião, Jesus entrou no quarto onde estava o corpo de uma menina e, quando saiu de lá, a criança estava viva outra vez. Também houve Lázaro, que estava morto fazia quarto dias quando Jesus o chamou para fora da tumba, e ele saiu. As histórias que Ele contava eram reveladoras, cheias de verdades profundas e entendidas apenas pelos que estavam abertos para a mensagem que traziam. Às vezes, ensinava às multidões que se reuniam para ouvir Suas palavras e houve uma ocasião em que as pessoas queriam, contra Sua vontade, coroá-lO rei. Volta e meia, Jesus levava Seus seguidores mais próximos para algum lugar afastado onde pudessem descansar e lhes ensinava de forma mais pessoal. Dias incomparáveis, com certeza. Mas nem todos eram repletos de aventuras positivas. Não faltavam opositores. Seus inimigos religiosos discordavam dos Seus ensinamentos e continuamente O contestavam, mas Suas respostas eram cheias de sabedoria, poder e, principalmente, amor. Tudo nEle emanava do amor e da compaixão. Com o tempo, a oposição se intensificou e Seus inimigos estavam mais resolutos que nunca a detê-lO, mas as multidões O receberam em Jerusalém trazendo nas mãos ramos de palmeiras e proclamando “Hosana ao Filho de Davi”. Seus opositores religiosos evitavam agir contra Ele por causa da Sua popularidade e por temerem uma intervenção das autoridades civis, o que poderia lhes custar seus cargos e prestígio. Aqueles foram dias extraordinários —cheios de fascínio, esperança, aventuras e aprendizados. Seus seguidores provavelmente imaginavam que aquilo continuaria por muitos anos. Então, de repente, tudo mudou. Jesus foi preso e, menos de 24 horas depois, executado como criminoso. Os sonhos daqueles homens foram esmagados. Quem tanto amavam havia morrido e tudo que viveram nos últimos três anos havia, de uma hora para a outra, chegado ao fim. Parecia que o futuro do qual Jesus falara não havia se concretizado como eles esperavam. Jesus estava morto. Tristes, confusos e temerosos, esconderam-se atrás de portas trancadas. Quão repentino fora o fim de tudo —do trabalho em que participavam e do amor que conheceram tão bem. De uma hora para outra, tudo havia mudado e o futuro parecia sombrio. Três dias após Sua execução, logo no início da manhã, algumas de Suas seguidoras foram à Sua tumba e a encontraram vazia. Quando contaram aos outros discípulos, não lhes deram ouvido, exceto Pedro e João, que correram até onde Ele fora sepultado e verificaram que o relato era verdadeiro! Não o encontraram. Não entendiam o que havia acontecido, mas Seu corpo não estava lá. De repente, Jesus surgiu na casa em que vários de Seus seguidores se escondiam, apesar de a porta estar trancada. O homem que eles tanto amavam e seguiam com devoção, que fora brutalmente torturado e morto estava diante deles. Estava vivo! Havia ressurgido dos mortos e voltara para eles. Sua presença mudou tudo. Apesar de ter sido executado como um criminoso, o fato de que estava ali, vivo, validava tudo que lhes dissera a Seu próprio respeito: que era “a ressurreição e a vida”, que seria morto e que ressuscitaria ao terceiro dia. A verdade daquelas palavras havia se tornado evidente, porque Ele estava lá, vivo. Sua presença mudou totalmente o contexto dos dias anteriores e viram que não haviam depositado sua fé em um engano. O plano de Deus não havia sido frustrado. Quarenta dias depois, Jesus subiu para o céu. Deixou-os fisicamente, mas enviou o Espírito Santo para ficar com eles —uma presença constante que os guiava na verdade, no amor e no partilhar de tudo que Ele lhes havia ensinado e que eles haviam testemunhado durante seu tempo juntos. Os dias maravilhosos que passaram vivendo e trabalhando com Ele haviam chegado ao fim, para dar início a um tempo de dispersão e disseminação da mensagem. O fato de Ele estar vivo lhes dava poder para avançar além do que estavam acostumados, a abrir mão dos seus costumes para se dedicarem a espalhar Seu amor e a mensagem da salvação. Foi preciso tempo e ajustes, mas obedeceram às Suas instruções e percorreram várias cidades e países, conhecendo gente, fazendo amigos e guiando as pessoas para Ele. Construíram comunidades de fé, ensinaram aos outros o que com Ele haviam aprendido, dedicando-se à missão dia após dia, ano após ano, um coração de cada vez. Enfrentaram dificuldades, provas, tribulações e, alguns, o martírio. E tudo isso afetou profundamente o mundo de seus dias e desde então. Apesar de as coisas haverem mudado e de Jesus não estar mais presente fisicamente, ainda realizava milagres, ressuscitava, dava respostas incríveis àqueles em necessidade, mostrava amor, compaixão, misericórdia, trazia as boas novas da salvação. A diferença é que em vez de agir pessoalmente, passou a ter Seus seguidores como intermediários. Ele passou a viver neles e trabalhar por intermédio deles. E é o que ainda faz com aqueles que O amam e seguem. A Páscoa celebra a ressurreição de Jesus. Celebra Ele haver derrotado a morte, o inferno e Satanás. Livrou-nos dos nossos pecados. Jesus viveu, amou e morreu por nós —cada um de nós— e está conosco hoje da mesma forma que estava com aqueles com quem conviveu na Terra, há dois mil anos. Houve um tempo em que Seus discípulos perderam a esperança, depois de Jesus ser crucificado, mas a crise durou pouco. A confusão, o medo e a incerteza passaram quando entenderam que Ele vivia, que Seu amor, verdade, compaixão, palavras e poder ainda estavam com eles, apesar de sob outras circunstâncias físicas. Independentemente da nossa situação, das mudanças e das dificuldades, Ele também vive em nós. Onde quer que estejamos, Seu poder e Espírito estão conosco. Sob quaisquer circunstâncias, em qualquer situação, na nossa cidade natal ou em algum país distante, Ele está conosco e agirá em nossas vidas tanto quanto Lhe deixarmos. Mostremos aos demais que Ele vive, permitindo que ouçam Suas palavras nas nossas, que vivenciem-nO pelas nossas ações amorosas, pela nossa compaixão e pela nossa empatia. Vamos lhes mostrar que Ele está vivo, mesmo neste mundo confuso e desorientado, ajudando-Os a se conectarem a Ele. Perdão concedido—Pensamentos sobre a Páscoa Não temos um Jesus pregado a uma cruz. Ele deixou a cruz! Temos uma cruz vazia. “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó morte, a tua vitória?” Não temos um Cristo sepultado, mas um Jesus vivo, que vive em nossos corações. Ressurgiu na vitória, alegria e liberdade, para nunca mais morrer, para que pudesse também nos remir, evitando que sofrêssemos a agonia da morte do espírito. Que dia de regozijo deve ter sido quando Ele ressuscitou e tudo estava consumado. Havia vencido e o mundo estava salvo! Este é o milagre da Páscoa: Jesus não permaneceu no túmulo e será assim conosco também. Não temos de sofrer no Inferno para pagar pelos nossos pecados ou sentir a eterna separação de Deus. Ele fez o pagamento por nós e ressuscitou para uma nova vida. E esta pode estar dentro de nós, dando-nos esperança e paz, pois estamos cheios com o Seu amor. – João 1:47 (NVI-PT) Ao ver Natanael se aproximando, disse Jesus: “Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade”. Marcos 1:17 (NVI-PT) E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”. Mateus 9:9 (NVI-PT) Saindo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: “Siga-me”. Mateus levantou-se e o seguiu.

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