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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

15 de fevereiro - UM VENCEDOR DE GIGANTES

 Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará contra o filisteu (1Sm 17.32). 

Os gigantes existem e são muitos. Atrevidos e insolentes, espalham-se pelo caminho com o propósito de nos intimidar. Um gigante é tudo aquilo que parece ser maior do que você. Há gigantes reais e irreais. Gigantes que estão fora de nós e gigantes que são criados no laboratório do medo. Quem nunca venceu um gigante dirá a você que é loucura enfrentar um deles. Os covardes pensam que os gigantes não podem ser vencidos. Os medrosos correrão com as pernas bambas de medo. Seu papel não é fugir dos gigantes nem temê-los, mas enfrentá-los e vencê-los. Um vencedor de gigantes é aquele que não escuta a voz dos pessimistas. Um vencedor de gigantes não supervaloriza as dificuldades do passado, mas aproveita as oportunidades do presente. Um vencedor de gigantes lida de forma inteligente e sábia com os críticos. Triunfa primeiro sobre os críticos antes de derrubar os gigantes. Um vencedor de gigantes torna-se um especialista no que faz. Não traja armadura alheia, mas revela destreza em empunhar suas próprias armas. Um vencedor de gigantes sabe que a vitória vem de Deus, porque toda a glória pertence a Deus. Um vencedor de gigantes é encorajador. Não se contenta em fazer carreira solo. Seu exemplo inspira os abatidos e levanta os prostrados. Sua vida é uma bandeira que drapeja no estandarte, convocando os abatidos para a peleja vitoriosa.

14 de fevereiro - APRENDA A LIDAR COM SEUS CRÍTICOS

 Respondeu Davi: Que fiz eu agora? Fiz somente uma pergunta. Desviou-se dele para outro e falou a mesma coisa... (1Sm 17.29,30). 

É impossível ser um vencedor na vida sem lidar com críticas. Os críticos estão espalhados por todos os lados e teimam em nos atacar. Davi teve de lidar com alguns críticos como Golias e Saul. Contudo, o crítico mais amargo de Davi foi Eliabe, seu irmão mais velho. A crítica sempre dói, mas há momentos em que dói mais ainda. Primeiro, quando vem daqueles que deveriam estar do nosso lado e estão contra nós. Segundo, quando vem daqueles que nos conhecem há muito tempo. Terceiro, quando vem envelopada com destempero emocional. Quarto, quando é contínua. Quinto, quando julga até nossas intenções. Sexto, quando visa humilhar-nos. Todos esses componentes estavam presentes nas críticas de Eliabe a Davi. O que mais incomoda nossos críticos não são nossos defeitos, mas nossas virtudes. A nossa vitória é a derrota dos críticos. A nossa coragem denuncia a covardia dos críticos. Eliabe não podia alegrar-se com a coragem de Davi, manifestada na disposição de lutar contra o gigante Golias, pois fazia parte da soldadesca de Israel que fugira acovardada desse guerreiro insolente. A melhor maneira de lidar com os críticos é fugir deles. Se você der ouvido aos críticos, perderá seu sono, sua paz e seu foco. Deus chamou você para fugir dos críticos e vencer os gigantes!

13 de fevereiro - NÃO BASTA COMEÇAR BEM

 Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas (1Sm 28.6).

Saul foi o primeiro rei de Israel. Governou a nação por quarenta anos. Seus primeiros anos foram bem-sucedidos, porém seu reinado terminou de forma trágica. Não basta começar bem; é preciso terminar bem. Não basta iniciar a jornada com bons propósitos; é preciso completar a carreira com integridade. Saul se desviou do caminho e pegou alguns atalhos perigosos. Sua obediência parcial se tornou desobediência total. Sua demora em obedecer a Deus se tornou rebelião deliberada. Sua dureza de coração e sua impiedade lhe fecharam a porta do arrependimento. O mesmo homem que um dia fora cheio do Espírito agora é tomado por espíritos malignos. O Espírito de Deus apartou-se dele, e o coração de Saul se encheu de ódio. Saul se tornou louco e violento. Retrocedeu em sua fé e acabou buscando o que outrora condenava. Saul consultou uma feiticeira em vez de consultar o Senhor. Foi assaltado pelo medo e atentou contra a própria vida. Começou bem e terminou mal. Começou vestindo a túnica da humildade e terminou a carreira cheio de soberba. Começou com a bênção de Deus e fechou as cortinas de sua vida longe de Deus. Não basta começar bem; é preciso terminar bem. Não bastam boas intenções, é preciso perseverança no andar com Deus.

12 de FEVEREIRO - CONSAGRE O SEU MELHOR PARA DEUS

 Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor... (1Sm 1.27,28).

Ana foi uma mulher extraordinária. Lutou pelo sonho de ser mãe, a despeito de todos à sua volta conspirarem contra esse propósito. Derramou lágrimas no altar e o coração diante de Deus. Jamais recuou. Queria um filho não para si mesma, mas para consagrá-lo a Deus. Teve a ousadia de oferecer o seu melhor para Deus. Em resposta divina a todo o seu clamor e cumprindo a palavra profética de Eli, Ana concebeu e deu à luz Samuel. Consagrou-o ao Senhor por todos os dias de sua vida. Sabia que seu filho viera de Deus, era de Deus e devia ser consagrado de volta para Deus. Não fosse esse entendimento, e Samuel teria sido um ídolo na vida de Ana. Não compreendesse essa verdade, e sua vida teria gravitado ao redor de Samuel. Nós também precisamos entender que tudo o que somos e temos vem de Deus, é de Deus e deve ser consagrado de volta para Deus. Nossa família, nossa casa, nosso trabalho e nossos bens são dádivas de Deus. Devemos tomar o melhor daquilo que Deus nos tem dado e colocar no altar. Deus merece as primícias, e não as sobras. Precisamos colocar no altar de Deus o nosso Samuel. Precisamos compreender que o Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. Precisamos saber que os sonhos de Deus são maiores e melhores do que os nossos sonhos. Precisamos compreender que nada possuímos que não tenhamos recebido, para voluntária e alegremente devolvermos a Deus o melhor do que ele nos tem dado.

domingo, 26 de fevereiro de 2023

11 de fevereiro - UM GRANDE HOMEM, UM PEQUENO PAI

... julgarei a sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu (1Sm 3.13).

 Eli foi juiz e sacerdote de Israel por quarenta anos, um período de grande instabilidade religiosa e profunda crise espiritual. Os filhos de Eli, Hofni e Fineias, cresceram na casa de Deus, mas não obedeceram a seu pai nem conheceram a Deus. Eram sacerdotes, mas não honravam a Deus. Eram ministros, mas não amavam o povo. Eram líderes, mas sua vida era uma pedra de tropeço para o povo. A impiedade de Hofni e Fineias tem muito a ver com a deficiência da criação. Eli era um pai ausente. Cuidava dos outros, mas se esquecia da própria família. Eli era um pai bonachão. Não tinha pulso para corrigir os filhos. Todo o povo comentava o comportamento escandaloso desses dois jovens sacerdotes, mas Eli não os disciplinava. Embora casados, Hofni e Fineias adulteravam dentro da casa de Deus. Desonravam a Deus, ofendiam o povo e desacatavam seu pai. Eli era um pai conivente. Além de ser tolerante com os erros dos filhos, era participante de seus desatinos. Amava mais aos filhos do que a Deus, por isso deixava de corrigi-los. Em vez de proteger os filhos, entregou-os à destruição. Finalmente, Eli se tornou um pai fatalista, que aceitou passivamente a decretação da derrota em sua família. Eli foi líder fora dos portões, mas um fracasso dentro de casa. Ajudou o povo, mas perdeu os filhos. Foi um grande homem, mas um pai pequeno.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

10 de fevereiro - ASSASSINOS DE SONHOS

 A sua rival a provocava excessivamente para a irritar, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre (1Sm 1.6).

 Nossos sonhos nos alimentam na caminhada da vida. Dão-nos direção na jornada e força nas lutas. Quem tem sonhos, porém, precisa ter cuidado, porque existem muitos assassinos de sonhos à nossa espreita. Ana, mulher de Elcana, precisou lidar com três assassinos de sonhos. A primeira pessoa que tentou matar seus sonhos foi Penina, sua rival. Esta a provocava e a fazia chorar, a ponto de Ana entrar em depressão e não conseguir comer. A segunda pessoa que conspirou contra os sonhos de Ana foi o sacerdote Eli. Não compreendendo o drama vivido por ela, chamou-a de filha de Belial. Eli acusou Ana de estar bêbada no exato momento em que ela derramava sua alma diante de Deus. A terceira pessoa que desencorajou Ana foi Elcana, seu marido. Mesmo sendo um homem amoroso, tentou demover Ana de lutar pelos seus sonhos. Cuidado com os assassinos de sonhos! Eles podem estar muito mais perto do que você imagina. Podem ser membros de sua própria família. Mesmo que todos à sua volta conspirem contra seus sonhos, não desista deles. Deus não chamou você para considerar as circunstâncias, mas para viver pela fé. Não deixe que a opinião dos outros determine seus sentimentos nem que as palavras dos pessimistas matem seus sonhos. Não desista nunca de lutar, pois Deus é poderoso para transformar seus sonhos em realidade.

09 de fevereiro - NÃO DESISTA DE SEUS SONHOS

... Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva [...] e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida... (1Sm 1.11). Eu sei que você tem sonhos. Todos nós temos. Quem não sonha não vive; quem desistiu de sonhar desistiu de viver. É provável, porém, que você tenha perdido seus sonhos mais belos pelas estradas da vida. Talvez seus sonhos se tenham transformado em pesadelos. É até possível que você já tenha enterrado seus sonhos e desistido deles. Quero encorajá-lo, entrementes, a levar de volta esses sonhos à presença de Deus. Para o Senhor, não há impossíveis. Ana tinha um sonho, o sonho de ser mãe. Porém, Ana era estéril. Seu ventre era um deserto. Apesar das circunstâncias irremediáveis, Ana creu que Deus poderia fazer um milagre em sua vida. Ela não desistiu de esperar, ainda que contra a esperança. Não desistiu de orar, apesar do tempo que se adiava. Não desistiu de chorar diante de Deus, ainda que todos à sua volta tentassem fazê-la desistir. Ana tomou posse da promessa de Deus, em vez de nutrir na alma o absinto da revolta. Ana saiu da Casa de Deus com o rosto resplandecendo de alegria e a promessa da vitória em suas mãos. Ela voltou para casa e coabitou com o marido, Deus se lembrou dela, e Ana concebeu, dando à luz seu filho Samuel.

08 de fevereiro - AMOR, VERDADEIRO AMOR

Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus (Rt 1.16). 

A mais eloquente, vívida e entusiástica declaração de amor que encontramos na Bíblia não é de um homem para uma mulher nem de uma mulher para um homem; é de uma viúva jovem para sua sogra, uma viúva idosa, pobre e estrangeira. É a declaração do amor de Rute a Noemi. Depois de perder o marido e os dois filhos em Moabe, Noemi está de volta a Belém. Volta com a alma coberta por um véu de tristeza. Volta com a alma amargurada contra Deus. Despediu-se dos seus involuntariamente e agora se despede de suas noras voluntariamente. Orfa, a mulher de Quiliom, retorna à sua família e aos seus deuses; Rute, a mulher de Malom, porém, apega-se a Noemi e lhe diz: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti (Rt 1.16,17). Essa abnegada expressão de amor está alinhada com um sublime propósito de Deus. A jovem viúva, por divina providência, irá casar-se com Boaz, um abastado membro da família de Noemi, e se tornará mãe de Obede, pai de Jessé, pai de Davi, o grande rei de Israel. Rute será mais tarde mencionada como uma das ancestrais do Messias, o Filho de Deus. O investimento do amor deu a Rute o maior dos resultados!

07 de fevereiro - PROVIDÊNCIA CARRANCUDA, FACE SORRIDENTE

 Porém ela lhes dizia: Não me chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso (Rt 1.20).

 Não construa um monumento à sua dor. Seu vale escuro pode transformar-se num manancial. Suas lágrimas amargas podem converter-se numa fonte de consolo. Noemi, mulher de Elimeleque e mãe de Malom e Quiliom, enterrou toda a família em terra estrangeira. Ao voltar para Belém, estava com a alma amargurada diante daquela providência carrancuda. Resolveu mudar de nome e erguer um monumento à sua dor. Porque seu nome significa alegria, trocou-o por Mara, “amargura”. Atribuiu a Deus toda a desventura. Com a alma encharcada de dor, acusou o Altíssimo de ser o protagonista de todas as tragédias que desabaram sobre sua cabeça. Noemi estava decepcionada com Deus. Seu passado era de glória, seu presente era de dor, e seu futuro parecia ser uma tragédia. Noemi não sabia, porém, que no meio dessa providência carrancuda havia uma face sorridente. Deus estava repaginando sua história, escrevendo um dos capítulos mais emocionantes do mundo, pois essa viúva amargurada seria avó do grande rei Davi e ancestral do Messias. Longe de sua descendência ter sido apagada da história, foi perpetuada pelos séculos. Às vezes, também ficamos amargurados com as circunstâncias da vida. Sentimo--nos injustiçados. Perdemos o brilho da alegria. Cessamos de cantar e entregamo-nos à amargura. No entanto, mesmo que a providência nos pareça carrancuda, a face sorridente de Deus nos aponta um caminho cheio de vida e esperança.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

06 de fevereiro - FOME EM BELÉM

 Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos (Rt 1.1).

 Faltou pão na casa do pão. Belém, a cidade de Davi, onde Jesus, o Pão da vida, nasceu, significa “casa do pão”. Houve um dia em que faltou pão na casa do pão. A seca severa e a opressão dos inimigos fizeram de Belém um cenário de aridez e escassez. Nesse tempo, Elimeleque e Noemi saíram de Belém com seus filhos Malom e Quiliom e foram para Moabe em busca de sobrevivência. Em Moabe, porém, encontraram o espectro da doença e a carranca da morte. Naquela terra estrangeira, Elimeleque morreu, e seus filhos, casados com moabitas, também sucumbiram diante da morte. Agora, Noemi, já idosa, está só, pobre e viúva em terra estrangeira. A igreja é um símbolo de Belém. A igreja é a casa do pão. Há momentos, entretanto, em que falta pão na igreja. As pessoas famintas vêm em busca de pão, mas só encontram receita de pão. Os fornos estão frios e as prateleiras, vazias. Algumas igrejas se orgulham de informar aos famintos que, no passado, ali havia pão com fartura. Proclamam que a abundância de provisão já foi uma realidade gloriosa no passado. Mas os famintos não se satisfazem com lembrança de pão nem com receita de pão. Eles precisam de pão. Algumas pessoas, desesperadas, saem da igreja, a casa do pão, e vão para Moabe, onde não encontram sobrevivência, mas a morte. A solução não é abandonar a casa do pão, mas rogar àquele que tem pão com fartura que visite novamente sua casa.

05 de fevereiro - ESCOLHAS PERIGOSAS

 Subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-a, pois, por esposa (Jz 14.2). 

A vida é feita de escolhas. É como uma encruzilhada. Podemos colocar os pés na estrada da felicidade ou descer aos vales sombrios do fracasso. Somos resultado das nossas escolhas. Sansão tinha tudo para ser um grande herói em sua nação. Foi escolhido por Deus para ser o libertador do seu povo. Recebeu os princípios espirituais para ter uma vida vitoriosa. Porém, nas encruzilhadas da vida, tomou a direção errada. Quebrou seus três votos de consagração. Apanhou mel da caveira de um leão, fez uma festa regada a bebida, porque não quis ser diferente dos moços de sua época, e brincou com o perigo ao contar para a sedutora Dalila o segredo de sua força. Seus cabelos foram raspados, o Espírito de Deus se retirou dele, e o jovem prodígio caiu nas mãos dos filisteus. Sansão perdeu a força. Seus olhos foram vazados e, amarrado, ele ficou à mercê de seus inimigos. Foi levado para o templo de Dagom, um ídolo abominável, e lá, zombaram de Sansão e do Deus de Israel. Aquele que deveria trazer glória ao nome de Deus se tornou motivo de escárnio. Por causa de suas escolhas erradas, mesmo vingando-se de seus inimigos, Sansão pagou com a própria vida. Morreu sob os escombros de um templo pagão. Precisamos ter cuidado para não repetirmos esse erro. Uma escolha errada pode custar caro demais. Precisamos andar segundo o conselho de Deus. Esse é o caminho seguro.

04 de fevereiro - MEL NA CAVEIRA DE LEÃO

 Tomou o favo nas mãos e se foi andando e comendo dele [...]; porém não lhes deu a saber que do corpo do leão é que o tomara (Jz 14.9). 

Sansão era um nazireu e, como tal, não podia tocar em cadáver, beber vinho nem cortar o cabelo. Sansão era um portento. Seu nascimento foi um milagre, e sua vida, um fenômeno. Era um gigante. Na força do braço, ninguém conseguia superá-lo. Esse jovem foi escolhido por Deus para ser o libertador do seu povo, e seus pais se preocuparam com sua formação antes mesmo de seu nascimento. Sansão foi consagrado por Deus desde o ventre e foi um jovem cheio do Espírito. Porém, Sansão tinha um sério problema. Não conseguia dominar os próprios impulsos. Um dia viu uma moça filisteia. Disse ao pai que a queria como mulher. Em vão seu pai tentou demovê-lo. O jovem estava determinado. Quando ia para a casa dela, no caminho, um leão novo saltou em cima dele. Com sua força colossal, rasgou o leão como se rasga um cabrito e o jogou à beira da estrada. No dia do casamento, lembrou-se da façanha e passou por lá para relembrar a cena. Havia um enxame de abelhas na caveira do leão. Ele pegou um favo de mel e começou a comer. Ali, Sansão quebrou seu primeiro voto de nazireado. Como nazireu, não podia tocar em cadáver. Ainda hoje muitas pessoas quebram sua aliança com Deus, buscando prazer naquilo que está morto. Buscam mel na caveira de um leão morto. Buscam felicidade nas fontes do pecado. O prazer do pecado dura pouco. Na há felicidade na estrada da desobediência!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

03 de fevereiro - EU E A MINHA CASA

... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor (Js 24.15). 

A família é nosso maior tesouro, nosso mais precioso patrimônio. Todas as glórias do mundo perderiam seu brilho se, para recebê-las, tivéssemos de perder nossa família. Nenhuma glória humana compensa o fracasso da família. Nenhuma riqueza tem valor sem a felicidade da família. Como, porém, edificar uma família bem-aventurada? Qual é o segredo para edificar uma casa na rocha? Josué, o grande líder que introduziu o povo de Israel na terra prometida, dá-nos a receita: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Josué nos ensina aqui algumas coisas. Primeiro, a família precisa de liderança espiritual. Josué não deixou cada membro de sua família fazer sua própria escolha. Como timoneiro do lar, como cabeça da família, escolheu o melhor e decidiu conduzir sua casa por esse caminho. Segundo, a família precisa de unidade. Josué não se contentou em servir a Deus sozinho. Ele não abriu mão de ver sua família nas mesmas pegadas. Não podia avançar e deixar para trás sua casa. O mundo ao redor era de um politeísmo pagão. A idolatria e a imoralidade eram práticas comuns daqueles dias. Josué fez a escolha certa e convocou sua família para abraçá--la. Terceiro, a família precisa definir suas prioridades. Josué sabia que a coisa mais importante para sua família era servir ao Senhor. Seu maior projeto de vida não era ser rico ou fazer de seus filhos pessoas famosas em Israel. Sua maior glória não era usufruir as benesses da liderança, mas motivar e inspirar sua família a servir a Deus.

02 de fevereiro - ALIANÇA PERIGOSA

 Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança... (Js 9.14,15). 

Firmar aliança com desconhecidos é entrar num pacto de morte. Josué, o líder que introduziu Israel na terra prometida, cometeu esse grave erro. Deus lhe ordenara tomar posse da terra prometida. Ele não podia fazer aliança com os povos da terra; ao contrário, deveria expulsá-los. Os gibeonitas, porém, armaram uma estratégia para fazer uma aliança com Josué. Trajaram roupas puídas, usaram alforjes velhos com pão embolorado e afirmaram ser um povo que vinha de muito longe e, tendo ouvido falar das proezas de Israel, queria fazer uma aliança. Sem consultar a Deus, Josué fez aliança com os gibeonitas, para logo depois saber que aquele era um dos povos que os israelitas deveriam desalojar da terra. Depois de feita a aliança, não puderam quebrá-la. Mais de trezentos anos depois, no governo de Saul, essa aliança foi rompida e uma maldição veio sobre Israel. Precisamos ter cautela ao firmarmos alianças. Precisamos consultar a Deus antes de selarmos um pacto com alguém. Alianças precipitadas podem ser perigosas. Quantos casamentos apressados são feitos sem a direção de Deus! A Palavra de Deus adverte acerca do perigo do jugo desigual. Quantas sociedades são firmadas sem nenhuma prudência! Quantas lágrimas são vertidas e quanto sofrimento é amargado pelo simples fato de se firmarem alianças perigosas.

01 de fevereiro - O PECADO É MALIGNÍSSIMO

Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos [...]; já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada (Js 7.12).

 O pecado é coisa séria. É filho da cobiça e mãe da morte. Só os loucos zombam do pecado. É maligníssimo. É pior do que a doença e mais grave do que a morte. Estes males, embora graves, não nos podem afastar de Deus. O pecado, porém, separa o ser humano de Deus no tempo presente e depois lança sua alma no inferno. O pecado é maligníssimo. É uma fraude. Promete liberdade e escraviza; promete vida e mata. Israel acabara de conquistar uma vitória retumbante sobre a grande cidade de Jericó e agora amarga uma acachapante derrota diante da pequena cidade de Ai. Josué e os anciãos de Israel estão com o rosto em terra, clamando a Deus. Então, o Senhor instrui Josué a se colocar de pé e agir, pois existia pecado no meio do arraial. Acã tomou da cidade de Jericó coisas condenadas e as escondeu debaixo de sua tenda. O pecado nunca fica completamente encoberto. Ele sempre vem à tona. Deus disse que, enquanto o pecado não fosse removido, não estaria com Israel e Israel não conseguiria resistir a seus inimigos. Quando Deus caminha com seu povo, as bandeiras da vitória são desfraldadas. Porém, sem a companhia do Todo-Poderoso, a igreja se torna fraca e tímida. O pecado envergonha, enfraquece e traz em sua bagagem grandes sofrimentos. O salário do pecado é a morte. O pecado não compensa. Precisamos despojar-nos dele e abandoná-lo definitivamente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

31 de janeiro - AMANHÃ O SENHOR FARÁ MARAVILHAS

 Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Js 3.5). 

Israel estava na fronteira do rio Jordão. O grande dia da entrada na terra da promessa havia chegado. O sonho estava prestes a ser realizado. Antes de cruzar o Jordão, porém, Josué desafia o povo a fazer um exame de sua vida. A santidade é o caminho que pavimenta as maravilhas divinas. Duas verdades são destacadas no versículo em epígrafe. A primeira é que a santificação precede a intervenção divina. Deus opera maravilhas no meio de seu povo, mas antes disso o povo precisa acertar sua vida. Os vales precisam ser aterrados, os montes precisam ser nivelados, os caminhos tortos precisam ser endireitados e os escabrosos precisam ser aplainados. Se o pecado faz separação entre nós e Deus, a santificação abre portas para os milagres de Deus. A segunda verdade é que somente Deus pode fazer o extraordinário. Deus fez, faz e fará maravilhas na vida de seu povo. Ele é o mesmo Deus ontem, hoje e para sempre. A condição para que isso aconteça é santificar a nossa vida. Tanto o êxodo, a libertação do cativeiro, como a entrada na terra prometida foram obras de Deus. Na verdade, tudo provém de Deus. A nossa salvação é obra exclusiva de Deus. Ele a planejou, a executou e a consumará!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

30 de janeiro - NÃO TENHA MEDO

 Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares (Js 1.9).

 Moisés, o grande líder de Israel, estava morto. O povo ainda não havia entrado na terra prometida. Precisava cruzar o rio Jordão e conquistar cidades fortificadas. Os inimigos eram muitos e poderosos. O povo estava com o ânimo abatido por causa da morte de seu líder. É nesse contexto de luto e desânimo que Deus desafia Josué: Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel (Js 1.2). Os líderes passam, mas Deus continua no trono. Os homens nascem e morrem, mas Deus continua liderando o seu povo. Quando parece que chegamos ao fim da linha, Deus continua com as rédeas da história em suas onipotentes mãos. Josué tinha muitos motivos para ter medo, mas Deus oferece a ele o melhor antídoto, sua companhia! Com Deus ao nosso lado, cruzamos rios caudalosos, escalamos montes altaneiros, descemos a vales profundos e enfrentamos desertos causticantes. Nossa vitória não vem do braço da carne. É Deus quem luta as nossas guerras. É Deus quem adestra as nossas mãos para a peleja. É Deus quem desbarata os nossos inimigos. É Deus quem nos sustenta na caminhada e nos introduz na terra prometida. Em vez de termos medo, devemos ter fé. Em vez de olharmos para as circunstâncias, devemos olhar para o Deus que está no controle das circunstâncias!

29 de janeiro - EDUCANDO OS FILHOS PARA DEUS

Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos... (Dt 6.6,7). 

Albert Schweitzer disse que o exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única forma eficaz de fazê-lo. A educação cristã começa no lar, e a vida dos pais é o livro-texto. Antes de os pais inculcarem nos filhos as verdades cristãs, precisam esculpi-las no coração. A vida fala mais alto do que as palavras. O exemplo é mais eloquente do que os discursos. A vida dos pais é como um espelho. Para que um espelho seja útil, precisa estar limpo e ser iluminado. A Bíblia diz: Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele (Pv 22.6). Não é ensinar o caminho em que a criança quer andar, nem ensinar o caminho em que deve andar, mas ensinar no caminho. Isso significa ensinar por meio do exemplo. O ensino, porém, não se dá apenas por meio do exemplo. É preciso também um esforço deliberado para inculcar as verdades de Deus na mente dos filhos. Isso passa por uma repetição constante das mesmas verdades eternas. Implica trabalho, esforço e perseverança. Os pais não podem terceirizar a educação espiritual dos filhos. Cabe a eles educar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor. A promessa é que, ainda quando forem velhos, não se desviarão desse caminho.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

28 de janeiro - DEUS, NOSSO ÚNICO SENHOR

Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor (Dt 6.4).

 Há no mundo uma infinidade de deuses, porém, um só Deus vivo e verdadeiro. Os deuses dos povos são ídolos criados pela imaginação humana ou feitos por mãos humanas. Eles não têm vida nem podem salvar. Eles não nos carregam nos braços; precisam ser carregados. Israel foi o povo escolhido de Deus, dentre os povos, para servi-lo. Os povos ao redor de Israel eram pagãos e politeístas. Nesse cenário eivado de deuses, Israel deveria conhecer, adorar e proclamar o único Deus. Karl Marx disse que Deus é uma criação do homem. Porém, se o homem veio do pó, é pó e voltará ao pó, fico imaginando qual é o tamanho do deus de Karl Marx. A criatura não pode ser maior do que o seu criador. Nosso Deus não foi criado; ele é o criador. Ninguém lhe deu vida; ele é autoexistente. Ninguém lhe ensinou sabedoria nem lhe deu conselho; ele é onisciente. Ninguém o domestica; ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Conhecemos a Deus, porque ele se revelou através das obras da criação, pela sua palavra escrita e por meio de seu Filho unigênito. Num mundo pluralista e inclusivista, precisamos saber que o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Portanto, devemos amá-lo de todo o coração, com toda a nossa alma e com toda a nossa força.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

27 de janeiro - OLHANDO PARA JESUS

Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a serpente de bronze, sarava (Nm 21.9).

 A murmuração é um pecado de ingratidão. Azeda a alma, entorpece a mente e apaga as luzes da esperança. A murmuração provoca a ira de Deus. O povo de Israel partiu do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom, porém o povo se tornou impaciente no caminho e começou a falar contra Deus e contra Moisés. Afirmaram já estar enfastiados do maná e o chamaram de pão vil. Deus colocou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. Desesperados com as consequências trágicas de seu pecado, foram a Moisés e pediram para que este orasse a Deus, rogando a remoção das serpentes. Moisés clamou ao Senhor e Deus lhe respondeu, dizendo: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava (Nm 21.8,9). Mil e quinhentos anos depois, Jesus disse a Nicodemos: E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna (Jo 3.14,15). A única forma de sermos libertados do pecado, o veneno mortal da antiga serpente, é olharmos para Jesus, aquele que levou sobre si os nossos pecados. Nele temos completa redenção!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

26 de janeiro - SÍNDROME DE GAFANHOTO

 Também vimos ali gigantes [...], e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos (Nm 13.33). 

O povo de Israel havia saído da escravidão, mas ainda não havia entrado na terra prometida. Doze espias foram enviados para avistar a terra da promessa. Eram príncipes do povo, líderes de escol. Depois que avistaram a terra, trouxeram os frutos excelentes. Dez dos doze espias, porém, trouxeram um relatório negativo, induzindo o povo a uma inquietação perturbadora. Semearam a incredulidade, promoveram a rebeldia, incitaram o povo contra Deus e contra Moisés. Disseram que a terra era boa, mas tinha cidades fortificadas e gigantes invencíveis. Disseram ainda que, aos olhos dos gigantes, eles eram como gafanhotos, bem como aos seus próprios olhos. Triste inversão! Consideraram-se menos do que príncipes, menos do que homens, insetos! Gafanhotos! O pecado desses líderes foi tão grave que o povo se insurgiu contra Deus e no coração voltou para o Egito. Toda aquela geração perambulou quarenta anos no deserto e não entrou na terra da promessa. Apenas os dois espias que confiaram em Deus, Josué e Calebe, entraram na terra prometida; os demais pereceram na jornada. Quem venceu foi a síndrome de gafanhotos, e não os gigantes. Eles foram derrotados não pelas circunstâncias, mas pelos sentimentos. Caíram por causa da incredulidade, e não por causa dos gigantes. Tropeçaram nas próprias pernas. Foram derrotados pelos próprios pecados. O pecado é maligníssimo. Ele nos priva das delícias da terra prometida.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

25 de janeiro - A LEPRA DO PECADO

 Se ela se estender na pele, o sacerdote declarará imundo o homem; é lepra (Lv 13.22). 

A lepra era a doença mais temida nos tempos bíblicos. Medidas preventivas eram tomadas para que essa enfermidade contagiosa não se alastrasse. A lepra é um símbolo do pecado. Quais são as características da lepra? A lepra é contagiosa, tira a sensibilidade, deixa marcas, separa as pessoas, cheira mal, não tem cura; a lepra mata. Assim também é o pecado. O pecado é contagioso. Quem anda no conselho dos ímpios, no caminho dos pecadores, e se assenta na roda dos escarnecedores acaba sendo atraído e arrastado para essa rede mortal. O pecado tira a sensibilidade, endurece o coração e cauteriza a consciência. O pecado deixa marcas profundas na mente, nas emoções e na vontade. Macula a alma e adoece o corpo. O pecado separa as pessoas de Deus e do próximo. O pecado é desagregador. Não há comunhão no pecado. O pecado é maligníssimo e repugnante. É pior que a pobreza e o sofrimento. O pecado é uma doença incurável. O ser humano não pode purificar a si mesmo. Nenhum remédio da terra pode aliviar o ser humano de uma consciência atormentada pela culpa. O pecado, à semelhança da lepra, mata. O salário do pecado é a morte. Morte física, espiritual e eterna. Morte significa separação. Na morte física, a alma é separada do corpo. Na morte espiritual, o homem é separado de Deus. Na morte eterna, os que forem condenados no juízo serão banidos para sempre da presença de Deus!

24 de janeiro A ARCA DA ALIANÇA

 Também farão uma arca de madeira de acácia [...]. De ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora... (Êx 25.10,11).

 A arca da aliança era uma caixa de madeira de acácia, coberta de ouro, que ficava no Santo dos Santos, no tabernáculo. Se o tabernáculo é um símbolo da igreja, a arca da aliança é um símbolo de Cristo. A igreja é a habitação de Deus, e Cristo habita na igreja. A arca era feita de acácia, porque o Verbo se fez carne. Assim como a acácia é uma madeira dura e cheia de nós, Cristo assumiu não apenas a nossa humanidade, mas tomou sobre si os nossos pecados. Dentro da arca, havia três objetos: as tábuas da lei, o vaso com maná e a vara de Arão que floresceu. Esses três objetos apontam para Cristo. Jesus é a verdadeira Palavra de Deus, o Verbo encarnado, a revelação máxima de Deus. Jesus é o verdadeiro Pão que desceu do céu e alimenta todo homem. O maná é um pão perecível, mas Jesus é o Pão da vida; quem come desse pão nunca mais terá fome. Jesus é a vara seca que floresceu, pois, embora tenha sido crucificado, morto e sepultado, ressurgiu dentre os mortos e está vivo pelos séculos dos séculos. Vale destacar que Jesus está na igreja. A igreja é seu corpo. A arca era um símbolo da presença de Deus no meio do povo. Jesus está em nós. Transportamos sua presença. O Rei da glória que nem o céu dos céus pode conter habita em frágeis vasos de barro. Bendito mistério!

23 de janeiro - DEUS VEIO MORAR COM OS HOMENS

E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles (Êx 25.8).

 O Deus que nem o céu dos céus pode conter resolve habitar com seu povo. Então, ordena a Moisés que lhe faça um santuário. As prescrições para essa morada divina são absolutamente precisas. O santuário seria feito de acácia, uma madeira dura e cheia de nós, símbolo da nossa natureza pecaminosa. Essa madeira deveria ser cerrada em tábuas iguais, para mostrar que na igreja de Deus não existe hierarquia. Somos todos nivelados no mesmo patamar; somos servos. Depois essas tábuas deviam ser presas umas às outras por meio de um engaste. Isso significa que estamos aliançados uns com os outros. Somos membros da mesma família. As tábuas seriam colocadas na vertical, e não na horizontal, representando a posição de ação da igreja no mundo. Mas essas tábuas deveriam ser erguidas não sobre a areia do deserto, mas sobre uma base de prata. E a prata remete à redenção. Entre nós e o mundo existe a cruz de Cristo. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Somos construídos morada de Deus sobre o sólido fundamento da redenção. Depois que o santuário ficou pronto, Deus ordenou a Moisés cobrir toda a madeira de acácia com ouro puro. Isso remete à justificação. Embora pecadores, fomos justificados e cobertos pela justiça de Cristo. Quando Deus nos vê, não nos trata mais segundo os nossos pecados, mas nos vê cobertos com a perfeita justiça de seu Filho. O apóstolo Paulo diz que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo e que Deus habita em nós!

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

22 de janeiro - AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor (Rm 13.10). 

Moisés subiu ao monte Sinai e ali Deus falou com ele. Apresentou-se como o Deus da redenção antes de lhe entregar as tábuas da lei. Os dez mandamentos são os princípios morais que devem reger a vida do povo de Deus. São duas tábuas, porque a primeira, contendo os quatro primeiros mandamentos, orienta nosso relacionamento com Deus; e a segunda, contendo os últimos seis mandamentos, regulamenta nosso relacionamento com o próximo. Os dez mandamentos são sintetizados em dois: amar a Deus e amar o próximo. Quem ama a Deus não tem outros deuses, uma vez que Deus não divide sua glória com ninguém. Quem ama a Deus não faz imagem de escultura, pois sabe que Deus abomina a idolatria. Quem ama a Deus não toma o nome do Senhor em vão, porque sabe que Deus é santo; nem despreza o dia de descanso e devoção, porque sabe que Deus deve ser o nosso maior deleite. Quem ama o próximo respeita pai e mãe, seus próximos mais íntimos. Quem ama o próximo não mata, pois reconhece a dignidade da vida, nem adultera, porque respeita a honra do próximo. Não furta, porque respeita os bens alheios. Não fala mal d 7o próximo, porque valoriza seu nome. Não cobiça, porque tem gratidão por aquilo que já recebeu de Deus. Amar a Deus e amar o próximo é o caminho da felicidade. O prazer não está na rebeldia, na transgressão ou no pecado, pois esses são caminhos de dor, pesar e morte. Os mandamentos de Deus não são penosos; devem ser o nosso maior prazer!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

21 de janeiro - JEOVÁ RAFÁ

... nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, que te sara (Êx 15.26).

 A obediência a Deus traz benefícios eternos para a alma e cura para o corpo. Depois de entrar no deserto rumo a Canaã, o povo de Israel lidou com a dramática experiência da falta de água. A sede implacável era o novo desafio. Eles caminharam três dias pelo deserto sem uma gota d’água. Ao chegarem a Mara, encontraram fontes de água, porém as águas eram amargas. Mais uma vez o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? (v. 24). Moisés clamou a Deus e o Senhor lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e estas se tornaram doces. Deus os provou e lhes deu mandamentos e estatutos, dizendo que, se eles dessem ouvidos a seus mandamentos e guardassem seus estatutos, nenhuma enfermidade viria sobre eles, como as que enviara sobre os egípcios. Para colocar um marco sobre essa promessa, apresentou-se ao povo com um novo nome: Jeová Rafá, o Senhor que sara. O nosso Deus é quem perdoa todas as nossas iniquidades e quem sara todas as nossas enfermidades. Toda cura, em última instância, é cura divina. Deus cura com os meios, sem os meios e apesar dos meios. Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os oprimidos do Diabo. Levantou os paralíticos, purificou os leprosos, deu vista aos cegos, fez que os mudos falassem e os surdos ouvissem. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele pode fazer o mesmo ainda hoje!

sábado, 28 de janeiro de 2023

20 de janeiro - UM BECO SEM SAÍDA

 ... Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará... (Êx 14.13).

 O povo de Israel viu as portas da prisão serem abertas, o jugo ser despedaçado e o cativeiro opressor chegar ao fim. Enfim, o sonho da liberdade se cumpria. As orações eram respondidas. O povo marchava resoluto rumo à terra prometida. Não tardou, porém, para que surgisse o primeiro desafio. O povo já estava acampado junto ao mar Vermelho, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom. De repente, os egípcios surgiram furiosamente com todos os cavalos e carros do Faraó, e os seus cavalarianos e todo o exército os alcançaram. Quando os israelitas levantaram os olhos, eis que os egípcios vinham atrás deles. Estavam encurralados: pela frente, o mar; pelas laterais, as montanhas; e, por trás, os egípcios. Era um beco sem saída. Ao mesmo tempo que clamavam a Deus, também murmuravam contra Moisés. Era um problema insolúvel, uma causa perdida, uma situação irremediável. Moisés disse ao povo para não temer, mas ver o livramento de Deus, e Deus disse a Moisés que o povo deveria marchar. Uma coluna de fogo se interpôs entre o exército do Faraó e o povo de Israel naquela dramática noite, de tal forma que o inimigo não pôde aproximar-se do povo de Deus. Em seguida, o mar se abriu e o povo de Israel passou a pé enxuto, enquanto os egípcios pereceram afogados. O mesmo mar que foi estrada segura para os israelitas revelou-se a sepultura de seus inimigos. Ainda hoje, Deus nos dá livramentos extraordinários. Ele é o mesmo Deus cheio de graça e Todo-Poderoso. Não precisamos temer; podemos confiar. Mesmo quando somos encurralados por problemas insolúveis e ficamos presos num beco sem saída, do alto vem o nosso socorro!

19 de janeiro - LIVRAMENTO PELO SANGUE

 ... quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito (Êx 12.13).

 A Páscoa foi o momento decisivo da saída do povo de Israel do Egito. A palavra “páscoa” significa “passagem”. O anjo que executou o juízo divino sobre os primogênitos do Egito poupou os primogênitos israelitas, não porque fossem melhores do que os egípcios, mas porque estavam debaixo do sangue do cordeiro. Naquela fatídica noite do juízo, o cordeiro foi imolado e seu sangue foi passado nos batentes das portas. O sangue aplicado tornou-se o escudo protetor. O livramento da morte não tinha a ver com as qualidades morais ou espirituais de cada primogênito. O único distintivo que separou os que viveram dos que morreram foi o sangue. Na noite em que Deus passou pela terra do Egito para executar juízo sobre todos os deuses do Egito, foram mortos todos os primogênitos, desde os homens até os animais, exceto aqueles que estavam debaixo do sangue. A páscoa tipificava o derramamento do sangue de Cristo. Jesus é o nosso cordeiro pascal. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. É por meio do seu sangue que fomos libertados da morte. É por meio do seu sangue que somos purificados de todo pecado. É por meio do seu sangue que somos reconciliados com Deus. Não há remissão de pecados sem derramamento de sangue. Porém, sangue de animais não pode limpar-nos; somente o sangue de Cristo. A páscoa era uma sombra; a realidade é Cristo. O sangue do cordeiro aplicado nas vergas das portas era um tipo de sangue de Jesus aplicado em nosso coração.

18 de janeiro - DESTRONANDO OS DEUSES

 ... executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor (Êx 12.12). 

O êxodo foi uma intervenção sobrenatural de Deus para tirar seu povo com mão forte e poderosa do grande Império Egípcio. Deus enviou dez pragas sobre a terra das pirâmides milenares. Cada praga tinha o propósito de destronar uma divindade do panteão egípcio. O êxodo significa a partida do povo da terra da escravidão para a terra que mana leite e mel. O êxodo fala da libertação da escravidão e aponta para a redenção. Contudo, antes de as portas da escravidão serem abertas e de o jugo ser despedaçado, Deus triunfou sobre os deuses do Egito, executando sobre todos eles o seu juízo. Os deuses dos povos são fabricados pela arte e imaginação humana. São deuses criados pelo homem para escravizar os homens. Só existe um Deus vivo e verdadeiro. É o Deus criador e redentor, o Deus da nossa salvação. Aqueles que se curvam diante de outros deuses provocam a ira do Senhor, pois ele não divide sua glória com ninguém. Deus poderia ter tirado o seu povo da escravidão desde o primeiro dia em que Moisés retornou ao Egito, mas o endurecimento do coração do Faraó proporcionou ao Todo-Poderoso manifestar, na terra dos deuses, que só o Senhor é Deus. Os deuses do Egito foram destronados, um a um. Todos tiveram de se curvar e reconhecer que o único Deus que livra e salva é o nosso Deus. Assim como Deus libertou o seu povo da escravidão do Egito no passado, ele também pode libertar você hoje das algemas do pecado. Por meio do sangue de Cristo, ele pode livrar você da morte eterna e dar-lhe segurança, vida e paz!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

17 de janeiro - ESPERANÇA NO MEIO DO DESESPERO

 E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses (Êx 2.2). 

A escravidão é uma realidade amarga e humilhante. O povo de Deus estava sob um terrível cativeiro. Amassando barro debaixo do chicote do carrasco, o povo trabalhava sob grande opressão. Não bastasse essa humilhação, o Faraó ordenou que todos os nascidos do sexo masculino fossem passados ao fio da espada ou jogados no rio Nilo para serem devorados pelos crocodilos. Nesse cenário de desespero, Anrão e Joquebede encontram espaço na agenda para se amar e nutrir na alma a esperança de ter um filho. Nasce Moisés. Sua mãe não desiste do filho. Ela arquiteta um plano para salvá-lo. As águas do Nilo não seriam sua sepultura, mas seu barco salva-vidas. Deus honrou a atitude daquela mulher, e o menino foi tirado das águas pela filha do Faraó. Em vez de morrer pelas mãos do Faraó, Moisés foi adotado pela filha do Faraó, para viver uma vida palaciana e tornar-se um doutor em todas as ciências do Egito. O mesmo Deus que libertou Moisés da morte libertou o seu povo do cativeiro através de Moisés. Deus pode acender uma candeia de esperança em seu coração mesmo no meio do desespero. Não entregue os pontos. Não desista de sonhar. Não desista de lutar. Deus está no controle e conduzirá você em triunfo.

16 de janeiro - RAMO FRUTÍFERO

José  é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre o muro (Gn 49.22).

 O patriarca Jacó se despede de seus filhos. Antes de morrer, distribui bênçãos a todos os filhos. Cabe a José, seu filho amado, uma bênção singular. Três verdades são enfatizadas nessa bênção. Em primeiro lugar, José é um ramo frutífero. Sua vida foi bênção em casa, no trabalho e no governo do Egito. Por onde passou, José deixou marcas positivas, frutos excelentes. Muitos passam pela vida desprovidos de frutos. Têm apenas folhas, muita aparência e nenhum resultado. Em segundo lugar, José é um ramo frutífero junto à fonte. Os tempos de sequidão não lhe tiraram o verdor, porque estava plantado junto à fonte, que é Deus. O segredo do sucesso de José é que ele mantinha profunda intimidade com Deus. Sua vida estava plantada nesse solo bendito. É assim a vida do justo: é como uma árvore plantada junto à fonte, cuja folhagem não murcha e que, no devido tempo, dá o seu fruto. Em terceiro lugar, José estendia sua influência para além dos muros. Quem é bênção em casa também é bênção fora de casa. Quem é bênção dentro dos muros também estende seus ramos sobre os muros. A vida de José nos desafia e nos estimula a sermos, de igual forma, ramos frutíferos da videira verdadeira. Deus é glorificado em nós quando produzimos muito fruto. O segredo para produzirmos fruto é permanecermos ligados à videira verdadeira. Somos desafiados ainda a sermos uma bênção aqui, ali e além das fronteiras!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

15 de janeiro - CELEIROS ABERTOS

Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José todos os celeiros... (Gn 41.56).

 O Egito, a terra dos faraós e das pirâmides, vivia um tempo de fome. José, o jovem hebreu, filho de Jacó, neto de Isaque e bisneto de Abraão, está no Egito por providência divina. Deixou a prisão para ocupar o cargo de governador do Egito. Depois de sete anos de fartura, quando as safras abundantes foram armazenadas cuidadosamente, a fome prevalece por todos os lados. O Egito torna-se, então, o celeiro do mundo. Abastece a terra. Supre as necessidades de caravanas que vêm de todas as partes em busca de pão. Até mesmo os irmãos de José, que o haviam vendido como escravo ao Egito, precisam curvar-se diante deste príncipe provedor. Esse fato lança luz sobre uma gloriosa verdade espiritual. José, tipo de Cristo, é chamado de salvador do mundo. Jesus é o Salvador do mundo! Ele veio ao mundo como o Pão vivo que desceu do céu. É o único que pode migar a fome da nossa alma. Há uma fome que assola toda a terra. Fome não do pão que perece, mas de Deus. Fome não das coisas do mundo, mas das coisas celestiais. Fome não do que é efêmero, mas do que é eterno. As iguarias terrenas não podem alimentar o ser humano. As provisões humanas não nutrem a alma. Somente o Pão vivo de Deus pode satisfazer-nos. Os celeiros de Deus estão abertos. Há pão com fartura na casa do Pai. Os famintos são convidados: ... vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite (Is 55.1).

14 de janeiro - ASSÉDIO SEXUAL, UM PERIGO REAL

Então, ela o pegou pelas vestes e lhe disse: Deita-te comigo; ele, porém, deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora (Gn 39.12). 

José no Egito era um jovem formoso de porte e aparência (Gn 39.6). Sua patroa pôs os olhos nele e lhe disse: Deita-te comigo (Gn 39.7). Embora José fosse um jovem, recusou decisivamente esse apelo sedutor. A mulher não desistiu. Repetiu o mesmo apelo todos os dias. Assediou José sem pausa nem trégua. A reação de José foi sempre a mesma: não lhe deu ouvidos. Ao contrário, disse a ela que não poderia pecar contra Deus nem contra o marido dela. O assédio não parou por aí. Chegou a uma situação extrema. A mulher sedutora pegou José pelas roupas e lhe disse: Deita-te comigo (Gn 39.12). José, porém, deixando as roupas em suas mãos, fugiu porta afora. Preferiu ser acusado publicamente a ser culpado no anonimato. Preferiu a prisão com a consciência livre a ficar livre com a consciência prisioneira. José foi parar na cadeia por sua integridade. Preferiu sofrer como inocente a ser promovido como culpado. José no Egito é um exemplo de que podemos enfrentar o assédio sexual vitoriosamente. O segredo da vitória nessa área é fugir. A mesma Bíblia que nos ensina a resistir ao Diabo nos ensina a fugir da tentação sexual. Ser forte nessa área não é enfrentar, mas fugir. O sexo é uma fonte de prazer e deleite. Porém, deve ser desfrutado com responsabilidade, no âmbito do casamento. O sexo antes do casamento é fornicação, e quem se entrega a essa prática está sob o julgamento de Deus. O sexo fora do casamento é adultério, e só aqueles que querem destruir-se cometem tal loucura. A alegria não está no banquete do pecado, mas na mesa da santidade!

13 de janeiro - O DESAFIO DE SER UM JOVEM PURO

Falando ela a José todos os dias, e não lhe dando ele ouvidos, para se deitar com ela e estar com ela (Gn 39.10).

 A pureza sexual é uma virtude quase em extinção em nossa decadente sociedade. A maioria dos jovens entra no casamento com múltiplas experiências sexuais. O sexo é uma bênção, pois foi criado por Deus, e tudo o que Deus fez é bom e perfeito. O sexo é puro, santo e prazeroso. Porém, o sexo é para ser desfrutado em sua plenitude no casamento. O propósito de Deus é que os jovens se mantenham castos até o casamento. O namoro dos jovens crentes precisa ser criterioso. Limites devem ser estabelecidos e obedecidos. Aqueles que se entregam ao desejo lascivo perdem a alegria espiritual e acabam minando o relacionamento. O apóstolo Paulo é categórico em sua orientação: que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador (1Ts 4.4-6). A pureza sexual é possível, pois Deus não apenas nos dá uma ordem, mas também o poder para cumpri-la. Paulo prossegue: Portanto, quem rejeita isso não rejeita o homem, mas Deus, que vos dá o seu Espírito Santo (1Ts 4.8). O poder para uma vida pura vem do Espírito de Deus. Quanto mais cheios do Espírito formos, mais puros seremos!

12 de janeiro - ONDE EXISTE ÁGUA, TODA TERRA É TERRA BOA

E tornou Isaque a abrir os poços que se cavaram nos dias de Abraão, seu pai (porque os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abraão), e lhes deu os mesmos nomes que já seu pai lhes havia posto (Gn 26.18). 

Isaque é o símbolo de um homem manso. Ele não gostava de contender. Preferia sofrer o dano a lutar pelos seus direitos. Quando estava na terra dos filisteus, tomou duas atitudes. A primeira foi abrir os poços antigos que seu pai Abraão tinha cavado. A água estava lá e era boa, mas esses poços estavam entupidos de entulho. Isaque sabia que o entulho dos filisteus precisava ser removido para que as águas fluíssem. A segunda atitude foi cavar novos poços. Não podemos desprezar o passado nem nos limitar a ele. Isaque sabia que o Deus que fez é também o Deus que faz. Ele queria mais e, por isso, abriu novos poços. Deus fez brotar água do ermo, e o deserto floresceu. Onde existe água, toda terra é terra boa. É assim também com a nossa vida. Nosso coração pode parecer um deserto seco. Mas, se as torrentes de água viva, símbolos do Espírito Santo, descerem sobre nossa vida, nosso coração também florescerá. Quando visitei Israel pela primeira vez, passei pelo deserto da Judeia. De um lado, estava tudo seco, morto e sem vida. Do outro lado, havia um luxuriante laranjal com frutos excelentes. Perguntei ao guia turístico sobre aquele fenômeno. Como era possível, no mesmo deserto, de um lado reinar a morte e do outro explodir a vida? Ele explicou: Onde existe água, toda terra é terra boa!

11 de janeiro - PROSPERANDO NO DESERTO

Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o Senhor o abençoava (Gn 26.12). 

A crise é uma encruzilhada. Uns colocam os pés na estrada do fracasso; outros caminham seguros rumo à vitória. Era um tempo de fome na terra. Deus disse a Isaque: Não desça ao Egito. As aparentes vantagens do mundo podem ser laços mortais para os nossos pés. Isaque permaneceu onde Deus ordenou. Ali reabriu os poços antigos e cavou novos poços. Ali viu o deserto florescer. O melhor lugar para estarmos é no centro da vontade de Deus. Não somos governados pelas circunstâncias; andamos por fé. Somos filhos da obediência. Isaque se tornou riquíssimo num tempo de fome. Numa época em que todos fracassavam, ele prosperou. Chegou a colher cento por um em suas lavouras. Suas ovelhas e bois se multiplicaram. A mão de Deus era com ele. Os filisteus contenderam com ele; contudo, em vez de brigar, ele abriu mão de seus direitos. Sabia que a amargura de alma tinha um preço mais alto do que estava disposto a pagar. Avançou abrindo novos poços. Onde colocava a planta de seu pé, Deus abençoava. Mais tarde, seus adversários tiveram de reconhecer que Isaque era um abençoado de Deus e reconciliaram-se com ele. Porque Isaque confiou em Deus, ele prosperou no deserto. Porque obedeceu a Deus, horizontes largos se descortinaram diante dos seus olhos. Porque não azedou sua alma com contendas, ganhou o coração dos próprios desafetos.

10 de janeiro - EL-BETEL, CONHECENDO O DEUS DA RESTAURAÇÃO

E edificou ali um altar e ao lugar chamou El-Betel; porque ali Deus se lhe revelou quando fugia da presença de seu irmão (Gn 35.7). 

Jacó conheceu o Deus de seus pais em Betel, conheceu a Deus como seu Salvador em Peniel, mas só conheceu o Deus da sua restauração em El-Betel. Depois de ter sido alcançado pela graça de Deus em Peniel, Jacó armou suas tendas para as bandas de Siquém. O príncipe daquela terra viu Diná, sua filha, afeiçoou-se a ela e a possuiu. Esse desatino teve desdobramentos desastrosos. Os irmãos de Diná armaram uma trama para se vingarem. Propuseram uma aliança com os siquemitas. A condição para firmarem esse pacto era que todos os seus homens fossem circuncidados. Quando todos os homens estavam no ponto mais crítico da dor, os filhos de Jacó, Simeão e Levi, atacaram inesperadamente a cidade e mataram todos, inclusive o marido de Diná. Jacó ficou desesperado. A vingança esmagadora parecia inevitável. Nesse momento, Deus aparece para Jacó e diz: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali... (Gn 35.1). Deus exigiu de Jacó algumas coisas: ... Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes (v. 2). Jacó prontamente obedeceu e subiu a Betel com sua família. Ali edificou um altar e ao lugar chamou El-Betel. Agora Jacó conhece não apenas a casa de Deus, mas também o Deus da casa de Deus, o Deus da sua restauração. Ali Deus renova com ele sua aliança e lhe dá a chance de recomeçar sua caminhada.

09 de janeiro - PENIEL, CONHECENDO O DEUS DE SUA SALVAÇÃO

Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva (Gn 32.30). 

Jacó saiu da casa dos pais e foi para a casa de Labão. Ali constituiu família e tornou-se homem próspero e rico. Deus o abençoou sobremodo. Tornou-se o pai de doze filhos, que se tornaram cabeças das doze tribos de Israel. Depois de vinte anos, ele volta à sua terra. A convivência com o sogro parecia insustentável. Ao regressar, não podia mais adiar o encontro inevitável com seu irmão Esaú. O tempo não foi suficiente para aquietar seu coração nem para curar as feridas de sua alma. Jacó já estava com 93 anos de idade quando atravessou o vau de Jaboque. Ali o próprio Senhor lutou com Jacó. Este não quis ceder: mediu força com força, poder com poder, destreza com destreza. Deus o tocou na articulação da coxa e o deixou manco. Então, Jacó agarrou-se ao Senhor e lhe disse: Não te deixarei ir se me não abençoares (Gn 32.26). O Senhor perguntou: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Aquilo não foi uma resposta, mas uma confissão. Vinte anos antes, Isaque fez a mesma pergunta, e ele respondeu: Esaú. Jacó significa suplantador, enganador. Quando Jacó admite seu pecado e o confessa, Deus muda seu nome para Israel, dando-lhe uma nova vida e uma nova herança. Jacó, então, chamou aquele lugar de Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

08 de janeiro - BETEL, CONHECENDO O DEUS DE SEUS PAIS

E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel (Gn 28.19).

Jacó, o filho caçula de Isaque e Rebeca, saiu de casa por ordem da mãe, para não ser morto por Esaú, seu irmão mais velho. Saiu depois de mentir e enganar o pai e roubar a bênção de Esaú. Saiu com a consciência atordoada pela culpa. A essa altura, Jacó tinha 73 anos. Para quem morreu aos 147 anos, era um homem de meia-idade. Ainda vivia sob o comando da mãe e sem conhecer o Deus de seus pais como o Deus de sua vida. Jacó foi amado por Deus desde o ventre de sua mãe, não por suas virtudes, mas apesar de seus pecados. Na estrada da fuga, ele adormeceu com a cabeça sobre uma pedra e teve um sonho. Uma escada ligava a terra ao céu, e anjos de Deus subiam e desciam por ela. Ali Jacó ouviu Deus falar, apresentando-se como o Deus de seu avô e como o Deus de seu pai, mas não ainda como o Deus de sua vida. Jacó era neto de crente e filho de crente, mas ainda não era crente. Deus ainda não era o Deus de sua vida. Ele recebeu promessas de Deus, mas ainda não era convertido a Deus. Acordou de seu sonho e reconheceu que Betel era um lugar tremendo, a casa de Deus, a porta do céu, mas demorou outros vinte anos para ser transformado por Deus. Não adie a mais importante decisão da sua vida. Hoje é o dia oportuno. Hoje é o dia da salvação! Volte-se para Deus, pois ele é rico em perdoar e tem prazer na misericórdia.

07 de janeiro - A MAIOR EXPRESSÃO DE AMOR

Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei (Gn 22.2).

Há momentos em que Deus parece estranho. Há momentos em que a fé parece lutar contra a esperança. O mesmo Deus que prometera um herdeiro a Abraão e demorara 25 anos para cumprir a promessa agora ordena a Abraão sacrificar o filho da promessa. Abraão não discute com Deus; apenas obedece, e o faz imediatamente. Naquela mesma madrugada, o velho patriarca racha lenha, chama dois de seus servos e parte com Isaque rumo ao monte Moriá, onde ofereceria seu filho em holocausto. O texto bíblico não traz a essa narrativa uma perspectiva emocional, mas isso não significa que Abraão fez aquela caminhada sem profunda emoção. Ele sabia que estava caminhando para sacrificar o amado de sua alma. Cada passo rumo a Moriá era como se o universo inteiro desabasse sobre sua cabeça. Sua fé inabalável lhe dava plena certeza de que Deus ressuscitaria seu filho. Ele sabia que o altar do sacrifício seria palco de adoração. Sabia que, no monte do Senhor, Jeová Jiré é poderoso para prover o cordeiro substituto. No topo daquela montanha, Abraão levanta um altar e oferece seu filho, mas Deus ergue sua voz e impede o sacrifício, oferecendo um cordeiro substituto. Dois mil anos depois, o Filho de Deus estava preso no leito vertical da morte, suportando o peso do mundo sobre si, quando clamou: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mt 27.46). Para o Filho de Deus não houve um cordeiro substituto, pois ele é o único Cordeiro que tira o pecado do mundo. Porque Deus nos amou, entregou seu Filho como sacrifício pelo nosso pecado. Ó bendito amor! Ó amor eterno! Ó incomensurável amor!

06 de janeiro - A ALEGRIA DA RECONCILIAÇÃO

Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o beijou; e choraram (Gn 33.4). 

Nem sempre a família é aquilo que planejamos. Ninguém planeja fracassar na vida pessoal, profissional e familiar. Embora Isaque e Rebeca tenham começado bem, não terminaram bem. O principal erro deles foi em relação à criação dos filhos. Em vez de cultivarem a amizade entre Esaú e Jacó, alimentaram a disputa entre eles. Isaque amava mais a Esaú, e Rebeca tinha predileção por Jacó. Era uma espécie de jogo de interesse. O resultado foi o conflito entre esses dois irmãos. Jacó precisou fugir de casa e passou vinte anos longe. Quando voltou, o problema ainda atormentava sua alma. Jacó tinha constituído família e se tornara um homem rico, mas não havia paz em seu coração. Ainda não era um homem salvo. Num momento de grande crise, teve uma luta com Deus no vau de Jaboque, e ali sua vida foi salva. Em Peniel, Deus mudou seu nome e lhe deu um novo coração. Deus mudou sua sorte e a disposição do seu coração. Os dois irmãos se encontraram, se abraçaram e se beijaram. Em vez de aquele encontro ter aberto mais uma ferida na alma de ambos, foi o palco da reconciliação. Ainda hoje há muitas famílias doentes por causa da mágoa. Relacionamentos estremecidos dentro da família roubam a paz e fazem secar a alma. O perdão é o remédio divino para esse mal, pois o perdão cura, renova e restaura!

05 de janeiro - A ALEGRIA DO AMOR CONJUGAL

Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou... (Gn 24.67).

Isaque era o único herdeiro de um pai rico. Herdeiro de uma colossal fortuna e de uma grande promessa. Seu pai era o pai da fé, o progenitor de uma grande nação. Por meio dele, todas as famílias da terra seriam abençoadas. Isaque tinha 40 anos, mas ainda estava solteiro. Isaque era um jovem crente e tinha intimidade com Deus em oração. Seu casamento com Rebeca é um dos capítulos mais emocionantes da história. Rebeca foi alvo de oração e de uma procura meticulosa. Isaque amou a jovem e bela, forte e destemida Rebeca assim que a viu pela primeira vez. Desde que a conheceu, foi consolado pela morte de Sara, sua mãe. O casamento é uma dádiva de Deus para a felicidade do ser humano. Por isso, precisa ser edificado sobre o alicerce do amor. Nenhuma outra razão deve motivar dois jovens a firmarem uma aliança conjugal. Equivocam-se aqueles que entram nessa aliança por outros interesses. O amor deve governar os sentimentos e as ações na vida conjugal. O amor busca a felicidade do cônjuge mais que a sua própria. O amor não é egocentralizado, mas “outrocentralizado”. O amor deve ser conhecido pelo que é, pelo que evita, pelo que crê e pelo que faz. O amor é paciente e benigno. O amor não arde em ciúmes nem se ensoberbece. O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, pois tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

04 de janeiro - DEUS TRABALHA A NOSSO FAVOR, E NÃO CONTRA NÓS

Então, lhes disse Jacó, seu pai: Tendes-me privado de filhos: José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas coisas me sobrevêm (Gn 42.36). 

Jacó foi amado por Deus antes de nascer. Era neto de Abraão, filho de Isaque e pai das doze tribos de Israel. Sua história é um ziguezague de altos e baixos. Mesmo criado num lar temente a Deus, só conheceu ao Senhor, como o Deus de sua salvação, depois de ter constituído família, beirando os 93 anos de idade. Jacó teve de sair de casa fugido e voltou para sua terra com medo. O plano de Deus, porém, jamais se apartou de Jacó. No vau de Jaboque, Deus lutou com Jacó e o deixou manco para não perdê--lo para sempre. A graça de Deus é eficaz. Aqueles a quem Deus escolhe, a esses Deus também chama eficazmente. Jacó recebeu uma nova vida, um novo nome, uma nova história. Tornou-se o pai das doze tribos de Israel. Seu filho, José, foi vendido por seus irmãos para o Egito, mas Deus usou essa providência carrancuda para mostrar-lhe sua face sorridente. Aquela situação difícil não era uma ação de Deus contra Jacó, mas a seu favor. Não há Deus como o nosso, que trabalha para aqueles que nele esperam. Aquilo que Jacó imaginava ser sua ruína era sua salvação. Aquilo que ele imaginava estar contra ele laborava em seu favor. Seu lamento tornou-se seu cântico mais efusivo. Deus transformou o vale árido num manancial, as lágrimas em celebração, o choro numa fonte de consolo.

03 de janeiro - ESTA VEZ LOUVAREI O SENHOR

De novo concebeu e deu à luz um filho; então, disse: Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá... (Gn 29.35).

 Lia era mulher de Jacó, mas não tinha o amor de Jacó. Teve filhos com Jacó, mas não o afeto de seu marido. Mesmo com o ventre fértil, tinha o coração árido. Sua história foi timbrada pela dor do desprezo. O sentimento de rejeição amargava sua alma. Até o dia em que nasceu Judá, o seu quarto filho. Quando seu rebento veio ao mundo, essa mulher sofrida e chorosa disse: Esta vez louvarei o Senhor. Por isso, colocou no menino o nome de Judá, que significa “louvor”. O louvor não é consequência da vitória, mas sua causa. O louvor brota do vale da dor. O louvor floresce no espinheiro do sofrimento. O louvor nos coloca acima das circunstâncias. O louvor é ultra-circunstancial. Jesus, o Filho de Deus, o Messias, o Salvador do mundo, descende de Judá. Por meio de Jesus, podemos também transformar nosso pranto em júbilo, nossa dor em fonte de consolo e nossa tristeza em alegria. Jesus, o descendente da tribo de Judá, é aquele que enxuga nossas lágrimas, cura nossa dor e restaura nossa sorte. Não precisamos caminhar pela vida esmagados debaixo da roda pesada das circunstâncias adversas, nem torturados por sentimentos avassaladores. Podemos erguer-nos das profundezas da nossa angústia e dizer, como Lia: Esta vez louvarei o Senhor. Em Jesus, se nos abriu uma fonte inesgotável de alegria e louvor.

domingo, 22 de janeiro de 2023

02 de Janeiro - A ALEGRIA DA COMUNHÃO COM DEUS

Deus [...] andava no jardim pela viração do dia (Gn 3.8). 

Deus é mais importante do que suas dádivas. O Criador é mais importante do que a criação. Adão vivia no jardim do Éden, o mais esplêndido paraíso jamais visto na terra. Deus foi o próprio paisagista. Aquele lugar trescalava o perfume de flores multicoloridas. Árvores frondosas, empinadas aos céus, produziam sombras aconchegantes, e árvores frutíferas viviam repletas de todo tipo de frutos deliciosos. A grama verde e farfalhante embriagava os olhos com uma beleza multiforme. Rios de águas límpidas, prenhes de cardumes, adornavam aquele palco de incomparável formosura. Mas nem esse cenário esplêndido podia satisfazer a alma de Adão. Ele aspirava por algo maior do que a natureza. O próprio Deus, Criador dos céus e da terra, descia na viração da tarde para falar com Adão. A comunhão com Deus é a maior de todas as delícias. É o mais sublime prazer. É na presença de Deus que existe plenitude de alegria. É à destra de Deus que há delícias para sempre. Ainda hoje podemos erguer nossa voz e dizer como Aurélio Agostinho: “Senhor, tu nos fizeste para ti, e nossa alma só encontra repouso em ti”. As glórias deste mundo não podem aquietar nossa alma. As riquezas desta terra não podem preencher o vazio do nosso coração. Somente Deus pode dar sentido à vida. É na comunhão com Deus que experimentamos a verdadeira razão da nossa vida!

01 de janeiro — A ALEGRIA DO CASAMENTO

Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne (Gn 2.23). 

Deus criou o homem perfeito, colocou-o num lugar perfeito e mantinha com ele perfeita comunhão. Deu-lhe o privilégio de ser o gestor da criação, o mordomo da natureza. Adão, porém, não encontrou nenhuma criatura, para toda a natureza, que correspondesse com ele física, emocional e espiritualmente. O mesmo Deus que havia dado nota máxima para toda a obra da criação agora diz: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea (Gn 2.18). Deus fez o homem dormir e de sua costela criou uma mulher e lha trouxe. Adão acordou do sono e viu a mais bela das criaturas a seu lado; então exclamou num arroubo de felicidade: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne. O casamento foi instituído por Deus para ser uma fonte de prazer e felicidade. O casamento merece o maior investimento e exige a maior das renúncias. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne (Gn 2.24). A mulher não foi tirada da cabeça do homem para comandá-lo. Uma mulher que tenta mandar no marido torna-se uma pessoa frustrada, pois não consegue admirar o homem a quem comanda. A mulher não foi tirada dos pés do homem para ser por ele humilhada. Nenhuma mulher pode ser feliz sem ser respeitada. A mulher foi tirada da costela do homem para ser o centro dos seus afetos e o alvo de seu cuidado.

HDL

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

#31J - Sou sua força e seu escudo. Planejo todos os dias e os preparo para você, muito antes que você se levante da cama.

 Também lhe dou a força de que você precisa em cada passo do caminho. Em vez de avaliar seu nível de energia e se perguntar o que há na estrada à sua frente, concentre-se em manter contato comigo. Meus poderes fluem livremente para dentro de você por meio da nossa franca comunicação. Recuse-se a gastar energia se preocupando e você terá forças de sobra. Sempre que começar a sentir medo, lembre-se de que sou seu escudo. Mas, diferentemente de uma armadura sem vida, estou sempre alerta e ativo. Minha presença cuida de você o tempo todo, protegendo-o dos perigos conhecidos e desconhecidos. Entregue-se aos meus cuidados, que são o melhor sistema de segurança que existe. Estou com você e cuidarei de você, aonde quer que vá. Salmos 28:7; Mateus 6:34; Salmos 56:3-4; Gênesis 28:15

#30J - Adore somente a mim. Qualquer outra coisa que ocupe sua mente se torna seu deus. Preocupações, se alimentadas, transformam-se em ídolos.

A ansiedade ganha vida própria, infestando e parasitando sua mente. Liberte-se dessa escravidão afirmando sua fé em mim e descansando na minha presença. O que se passa em sua mente é invisível, imperceptível às outras pessoas. Mas leio seus pensamentos o tempo todo, em busca de evidências da sua fé. Eu me deleito quando sua mente se volta para mim. Proteja com cuidado seus pensamentos; bons pensamentos o mantêm ao meu lado. Salmos 112:7; 1Coríntios 13:11

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

#29J - Mantenha-se focado em mim. Eu o presenteei com uma incrível liberdade, inclusive a de escolher aquilo em que concentrará seus pensamentos.

 Deixe que o objetivo deste dia seja tornar todos os seus pensamentos meus prisioneiros. Se eles se libertarem, lace-os e traga-os de volta para mim. Sob minha luz radiante, a ansiedade diminui. Julgamentos são desmascarados quando você se aquece no meu amor incondicional. Ideias confusas se esclarecem enquanto você descansa na simplicidade da minha paz. Eu o protegerei e o manterei em paz enquanto você voltar seus pensamentos a mim. Salmos 8:5; Gênesis 1:26-27; 2Coríntios 10:5; Isaías 26:3

#28J - Eu estarei sempre com vocês. Estas foram as últimas palavras que falei antes de ascender aos céus.

 Continuo a proclamar essa promessa a todos capazes de ouvi-la. As pessoas reagem à minha presença de várias maneiras. A maioria dos cristãos aceita este ensinamento como verdade, mas o ignora em sua vida cotidiana. Poucas pessoas centram sua vida nessa gloriosa promessa e se descobrem abençoadas para além de suas expectativas. Quando minha presença é o foco principal de sua consciência, todas as peças da sua vida se encaixam. Ao olhar para mim com os olhos do coração, você pode ver o mundo da minha perspectiva. O fato de eu estar com você traz sentido a cada momento de sua existência. Mateus 28:20; Salmos 139:1-4

#27J - Acredite num caminho dourado até o paraíso. Quando você pega essa trilha, vive acima de todos os problemas.

 Minha gloriosa luz brilha mais sobre aqueles que seguem este caminho de vida. Ouse andar na estrada certa ao meu lado, porque ela o conduz diretamente ao paraíso. A parte baixa da estrada é tortuosa: com curvas para lá e para cá, formando intrincados nós. O ar é pesado e escuro, e as nuvens ameaçadoras predominam. Apoiar-se em seu próprio entendimento o fará se curvar sob o próprio peso. Reconheça-me em todos os seus caminhos e eu endireitarei as suas veredas. João 14:1-2; Provérbios 3:5-6

#26J - Abandone a ilusão de que você merece uma vida sem problemas. Parte de você anseia por superar todas as dificuldades. Mas essa é uma esperança vã! Como disse aos meus discípulos, neste mundo vocês terão aflições.

  Concentre suas esperanças não na resolução dos problemas desta vida, e sim na promessa de uma vida eterna sem obstáculos no paraíso. Em vez de buscar a perfeição neste mundo decadente, direcione suas energias na busca de minha perfeita presença. É possível glorificar-me em meio às circunstâncias mais adversas. Na verdade, minha luz brilha com mais intensidade para os cristãos que confiam em mim na escuridão. Quando as coisas parecerem erradas, tenha fé em mim mesmo assim. Estou menos interessado nas circunstâncias certas do que na reação correta ao que quer que surja em seu caminho. João 16:33; Salmos 114:4, 7

#25J - Deixe que meu amor o envolva no esplendor da minha glória. Sente-se imóvel sob a luz da minha presença e receba minha paz.

Esses momentos de silêncio ao meu lado transcendem o tempo e realizam muito mais do que você imagina. Dê-me o sacrifício do seu tempo e observe como abençoo abundantemente você e todos os seus entes queridos. Por meio da intimidade do nosso relacionamento, você está sendo transformado de dentro para fora. Quando você mantém sua atenção em mim, moldo-o na pessoa que quero que você seja. Seu papel é se render à minha obra criativa sobre você, sem resistir nem tentar acelerá-la. Aproveite o ritmo de uma vida inspirada por Deus deixando que eu determine a velocidade. Segure minha mão confiando em mim com a ingenuidade de uma criança e o caminho diante de você se abrirá passo a passo. Hebreus 13:15; 2Coríntios 3:18; Salmos 73:23-24

#24J - Minha paz é o tesouro dos tesouros: pérolas de grande valor. É uma dádiva extremamente cara, tanto para quem dá quanto para quem recebe.

 Comprei essa paz para você com meu sangue. Você recebe esse presente tendo fé durante as tempestades da vida. Se você tem a paz mundana — se tudo está saindo de acordo com seus desejos —, não busca minha paz incomensurável. Agradeça-me quando as coisas não saírem conforme o planejado, porque bênçãos espirituais chegam envoltas em provações. Circunstâncias adversas são normais em um mundo decadente. Espere por elas todos os dias. Mas alegre-se diante das dificuldades, porque eu venci o mundo. 

Mateus 13:46; Tiago 1:2; João 16:33

#23J - Não há nada de errado em ser humano. Quando sua mente se desviar durante a oração, não se surpreenda nem se irrite. Simplesmente volte sua atenção a mim. Sorria em segredo, sabendo que o entendo.

  Alegre-se com meu amor por você, um amor incondicional e sem limites. Sussurre meu nome com satisfação, certo de que nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Inclua esses momentos de paz em todo o seu dia. Esta prática permitirá que você alcance uma alma tranquila e calma, o que me deixa feliz. Ao viver em contato próximo comigo, a luz da minha presença se infiltrará em você para abençoar outras pessoas. Suas fraquezas e mágoas são aberturas pelas quais a luz do conhecimento da minha glória se irradia. Minha força e poder se revelam mais eficientes nas suas fraquezas. 
Deuteronômio 31:6; 1Pedro 3:4; 2Coríntios 4:6-7; 12:9

#22J - Esforce-se para confiar em mim em todas as áreas da sua vida. Qualquer coisa que possa deixá-lo ansioso é uma oportunidade de amadurecimento.

Em vez de fugir desses desafios, aceite-os, ávido por ganhar todas as bênçãos que escondi em meio às dificuldades. Se você acreditar que sou soberano, será possível confiar em mim em qualquer situação. Não desperdice energia se lamentando pelo modo como as coisas são ou pensando em como poderiam ser. Aceite-as e procure pelo meu caminho em meio a todos esses problemas. A fé é como uma equipe na qual você pode confiar enquanto prossegue na sua jornada ao meu lado. Se você confiar em mim conscientemente, essa equipe carregará todo o peso para você. Dependa, tenha fé e confie em mim com todo o seu coração e sua mente.

 Salmos 52:8; Provérbios 3:5-6

sábado, 5 de fevereiro de 2022

#21J - Quero que você seja meu por inteiro. Eu o estou afastando de outras dependências. Sua segurança está apenas em mim — não em outras pessoas e não nas circunstâncias.

Depender apenas de mim talvez seja como andar na corda bamba, mas há uma rede de segurança sob ela: meus braços infinitos. Por isso, não tenha medo de cair. Ao contrário, olhe para a frente, para mim. Estarei sempre diante de você, chamando-o, inspirando um passo por vez. Nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de separá-lo da minha presença.

 Deuteronômio 33:27; Romanos 8:39

#20J - Encare este dia sabendo quem manda. Ao fazer planos para hoje, lembre-se de que sou eu quem orquestra todos os eventos da sua vida.

 Quando as coisas dão certo, você talvez não reconheça minha presença soberana. Nos dias em que seus planos se frustram, procure por mim. É possível que eu esteja realizando algo importante em sua vida, algo bem diferente do que você esperava. Em tais momentos, é essencial continuar se comunicando comigo, aceitando que minha vontade é melhor que a sua. Não tente entender o que está acontecendo. Simplesmente confie em mim e me agradeça antecipadamente por tudo de bom que surgirá. Eu conheço os planos que tenho para você, e eles são bons. 

Isaías 55:9-11; Jeremias 29:11

#19J - Procure pela minha face e você encontrará mais do que jamais sonhou ser possível. Deixe-me tirar as preocupações da essência do seu ser.

Sou como uma nuvem carregada, fazendo chover a paz e criando um reservatório em sua mente. Minha natureza é abençoar. A sua é receber com gratidão. Esse encaixe perfeito foi planejado antes da criação do mundo. Glorifique-me recebendo minhas bênçãos com gratidão. Sou o objetivo de todas as suas buscas. Quando procura por mim, você me encontra e fica satisfeito. Quando objetivos insignificantes chamam sua atenção, oculto-me no pano de fundo da sua vida. Ainda estou lá, observando e esperando, mas você age como se estivesse sozinho. Na verdade, minha luz ilumina todas as situações que você enfrenta. Viva alegremente, expandindo sua atenção para que ela me inclua em todos os momentos. Não permita que nada atrapalhe essa busca.

 Salmos 27:8; Filipenses 4:7; Jeremias 29:13

#18J - Eu o estou guiando pela estrada alta, mas nela há descidas e subidas. Ao longe, você vê picos cobertos de neve brilhando contra o sol.

 Sua vontade de alcançar aqueles picos é grande, mas você não deve pegar atalhos. Sua responsabilidade é me seguir, permitindo que eu guie seu caminho. Deixe que a altura o atraia, mas permaneça perto de mim. Aprenda a confiar em mim quando as coisas dão “errado”. Seus problemas cotidianos enfatizam sua dependência em mim. Aceitar as provações com fé lhe rende bênçãos que sobrepujam todas as dificuldades. Ande de mãos dadas comigo ao longo deste dia. Eu planejei com amor cada centímetro do caminho. A confiança não se abala quando a estrada se torna rochosa e íngreme. Sinta a minha presença e segure com força a minha mão. Juntos, conseguiremos! João 21:19; 2Coríntios, 4:17; Habacuque 3:19

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

#17J - Aproxime-se de mim com o coração cheio de gratidão, para que você possa aproveitar minha presença.

Este é o dia que eu criei. Quero que você se alegre hoje e se recuse a se preocupar com o amanhã. Procure por todas as coisas que preparei para você, prevendo bênçãos abundantes e aceitando as dificuldades à medida que elas surgirem. Posso produzir milagres durante o mais comum dos dias se você mantiver sua atenção em mim. Aproxime-se de mim com todas as suas necessidades, sabendo que minhas riquezas gloriosas são o suprimento perfeito. Permaneça conectado comigo, de modo que possa viver acima de suas preocupações, mesmo quando estiver em meio a problemas. Apresente seus pedidos a mim com o coração grato e então minha paz, que excede todo o entendimento, protegerá seu coração e sua mente. 

Salmos 118:24; Filipenses 4:6-7; 1:9

#16J - Aproxime-se de mim e descanse em minha adorável presença. Você sabe que terá dificuldades durante o dia de hoje e está pensando em como ultrapassar tais provações.

Ao antecipar o que está à sua frente, você esquece que eu estou com você — agora e sempre. Antecipar seus problemas faz com que você os viva várias vezes, enquanto deveria passar por eles apenas quando ocorressem de fato. Não multiplique seu sofrimento dessa maneira. Em vez disso, aproxime-se de mim e relaxe em minha paz. Vou fortalecê-lo e prepará-lo para o dia, transformando seu medo em confiança.

 Mateus 11:28-30; Josué 1:5, 9

#15J - Meu rosto brilha sobre você, irradiando uma paz que transcende a compreensão. Você está cercado por um mar de problemas, mas está diante de mim. Enquanto eu for seu foco, você estará seguro.

Se você se concentrar demais nas dificuldades que o cercam, afundará sob o peso de seus fardos. Quando começar a submergir, simplesmente grite: “Ajude-me, Jesus!”, e o erguerei. Quanto mais perto de mim você viver, mais seguro estará. Se a situação ficar difícil e houver ondas ameaçadoras ao longe, mantenha seus olhos em mim. Quando as ondas chegarem até você, elas diminuirão e atingirão o tamanho que eu desejar. Estou sempre ao seu lado, ajudando-o a enfrentar as tormentas de hoje. O futuro é um fantasma esperando para assustá-lo. Sorria para o futuro! Permaneça perto de mim. 

Filipenses 4:7; Mateus 14:30; Hebreus 12:2

sábado, 15 de janeiro de 2022

#14J# CONHECIMENTO, A MELHOR POUPANÇA: Os sábios entesouram o conhecimento, mas a boca do néscio é uma ruína iminente (Pv 10.14).

 O conhecimento é melhor do que o ouro, é mais seguro do que a moeda mais valorizada do mercado. Os ladrões podem roubar nossos tesouros, e as traças podem corroer nossas relíquias, mas o conhecimento é uma riqueza que ninguém nos pode tirar. Os sábios entesouram o conhecimento e, com ele, vêm a reboque as riquezas desta terra. O conhecimento é a melhor poupança, o mais lucrativo investimento. Ninguém, porém, entesoura conhecimento de uma hora para outra. Esse é um processo longo. Para entesourar conhecimento é preciso dedicação, esforço e muito trabalho. Os tolos e preguiçosos acharão muito custoso fazer esse investimento. Preferem o sono, o lazer e a diversão. Aqueles cuja mente é vazia de conhecimento têm a boca cheia de tolices. A boca do néscio é uma ruína iminente. Em vez de ajudar as pessoas a trilhar pelas sendas da justiça, desencaminha-as para os abismos da morte. A língua do néscio é um veneno mortífero. Seus lábios são laços traiçoeiros. Sua boca é uma cova de morte. O sábio que entesoura o conhecimento, não apenas supre a si mesmo com o melhor desta terra, mas também se torna uma fonte de bênção para quem vive à sua volta.

#13J# NÃO SEJA TOLO, MAS SÁBIO: Nos lábios do prudente, se acha sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de senso (Pv 10.13).

O homem prudente é aquele que pauta sua vida pelos princípios de Deus, segue a retidão e anda em santidade. Em seus lábios habita a sabedoria. Ouvir uma pessoa prudente é matricular-se na escola da sabedoria, é assentar-se nos bancos do conhecimento e colocar os pés na estrada da bem-aventurança. Por outro lado, o tolo ou falto de senso, por desprezar o conhecimento e escarnecer da sabedoria, sofre as consequências inevitáveis de sua loucura. Por lhe faltar sabedoria nos lábios, recebe chibata nas costas. O sofrimento do tolo é autoimposto. O falto de senso produz a tempestade que o destrói. Ele transtorna sua própria vida. Tece o azorrague que flagela seu próprio corpo e abre a cova para seus próprios pés. O prudente, porém, afasta seu coração do conselho dos ímpios, retira seus pés do caminho dos pecadores e não se assenta na roda dos escarnecedores. O prudente alimenta sua alma com os manjares da verdade de Deus e, por isso, seus lábios destilam o néctar da sabedoria. Sabedoria é mais do que conhecimento, é a aplicação correta do conhecimento, é olhar para a vida com os olhos de Deus. É fazer as escolhas em conformidade com a vontade de Deus e para a glória do Senhor.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

#12J# NÃO ODEIE, AME!: O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões (Pv 10.12).

Tanto o ódio como o amor são sentimentos que brotam do coração. São opostos e produzem resultados diferentes. Se o ódio excita contendas, o amor cobre as transgressões. Se o ódio afasta as pessoas, o amor as aproxima. Se o ódio expõe os defeitos das pessoas, o amor os encobre. Se o ódio cava abismos, o amor constrói pontes. O ódio é um sentimento irracional e avassalador. Antes de destruir os outros, arruína quem o nutre. Quem tem ódio no coração destrói a si mesmo antes de excitar contendas entre os outros. O ódio é uma espécie de autofagia. É como beber um copo de veneno pensando que o outro é quem vai morrer. O amor, porém, tem origem diferente e produz frutos distintos. O amor procede de Deus, e seu resultado não é maldizer o próximo nem jogar um contra o outro, mas abençoar as pessoas, protegê-las e reconciliá-las. O amor é paciente com os erros dos outros e benigno com as pessoas, mesmo em suas fraquezas. Quem ama protege o ser amado. Quem ama cobre as transgressões do outro e proclama suas virtudes. Quem ama tira os holofotes de si para enaltecer o próximo. O ódio traz o DNA da morte, mas o amor é fonte da vida. Não odeie; ame. Não seja um instrumento de contendas, mas um agente da reconciliação.

#11J# FONTE DE VIDA OU ARMADILHA DE MORTE: A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a violência (Pv 10.11).

Jesus disse que a boca fala daquilo que o coração está cheio. A língua reflete o coração. Externa o que é interno. Põe para fora o que está por dentro. A língua nos coloca pelo avesso, mostra nossas entranhas e escancara os segredos do nosso coração. A língua pode ser remédio ou veneno; pode dar vida ou matar; pode construir pontes ou cavar abismos. Pode ser fonte de vida ou armadilha de morte. O sábio Salomão diz que a boca do justo é manancial de vida. O justo fala a verdade em amor. Sua palavra é boa e traz edificação. É oportuna e transmite graças aos que ouvem. Da boca do justo jorram aos borbotões louvores a Deus e encorajamento ao próximo. Sua boca é como uma árvore frutífera que alimenta e deleita. É como um manancial cujo fluxo leva vida por onde passa. Na boca dos perversos, porém, mora a violência. Na boca dos perversos há blasfêmias contra Deus e insultos contra o próximo. A língua dos perversos semeia contendas, promove intrigas, instiga inimizades e produz morte. A língua dos perversos é um poço de impureza, um esgoto nauseabundo de sujidades e um campo minado de violência. Devemos pedir a Deus um novo coração para que nossos lábios sejam manancial de vida, e não armadilhas de morte.

#10J# CUIDADO COM O FLERTE: O que acena com os olhos traz desgosto, e o insensato de lábios vem a arruinar-se (Pv 10.10).

O homem pode tropeçar e cair tanto pelo que vê como pelo que fala. O texto se refere a um olhar lascivo e foca o flerte malicioso. Esse aceno com os olhos é um laço, e aqueles que estendem essa armadilha caem nela como presas indefesas. O resultado é o desgosto, a decepção e o sofrimento. O pecado não compensa. É uma fraude medonha. Promete mundos e fundos, prazeres e aventuras, delícias e mais delícias, mas nesse pacote tão atraente vêm a dor, as lágrimas e a morte. Muitos casamentos foram desfeitos a partir de um aceno com os olhos. Muitas vidas foram arruinadas emocionalmente porque corresponderam a esse aceno com os olhos. O patriarca Jó disse: Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela? (Jó 31.1). Entrar por esse caminho escorregadio é cair no pecado da defraudação, e defraudar alguém é despertar na outra pessoa o que não se pode satisfazer licitamente. O segredo da felicidade não é a mente impura, os olhos maliciosos e os lábios insensatos. A felicidade é irmã gêmea da santidade. A bem-aventurança não está nos banquetes do pecado, mas na presença de Deus. É nessa presença que há alegria perene e delícias perpetuamente. Cuidado com os seus olhos. Ponha guarda na porta dos seus lábios!

domingo, 9 de janeiro de 2022

#9J# INTEGRIDADE É O MELHOR SEGURO DE VIDA: Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido (Pv 10.9).

 O melhor seguro de vida é a integridade; a melhor defesa, a consciência pura. Aqueles que vivem na corda bamba da desonestidade, com o rabo preso na ratoeira da mentira, metidos em toda sorte de corrupção, não andam em paz. Vivem atormentados e desassossegados. Os desonestos, que torcem a lei, assaltam o direito do inocente, roubam os cofres públicos e ainda assim escapam ilesos da justiça dos homens, esses podem até andar em carros blindados, com coletes à prova de bala, armados até os dentes, com seguranças parrudos dando-lhes escolta, mas não conseguem ter segurança. A verdadeira segurança procede da consciência limpa, do coração puro e da conduta irrepreensível. Aqueles que, na calada da noite ou nos bastidores do poder, fazem acordos escusos, corrompem e são corrompidos, pensando que ficarão escondidos no manto do anonimato ou impunes diante de seus pérfidos delitos, perceberão que a máscara da mentira não é tão segura assim. Serão descobertos e envergonhados, e sobre eles cairão o opróbrio e a vergonha. A blindagem do dinheiro, do prestígio e do sucesso não os pode proteger da execração pública nem do reto e justo juízo de Deus. Permanece o alerta divino: Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido (Pv 10.9).

sábado, 8 de janeiro de 2022

#14J# Deixe-me abençoá-lo com minha graça e paz. Abra seu coração e sua mente para receber tudo o que tenho para lhe dar...

 Não tenha vergonha do seu vazio interior. Ao contrário, veja nele a condição ideal para que você seja preenchido pela minha paz. É fácil manipular sua aparência externa e fingir que tem controle sobre tudo. Suas tentativas de parecer bom podem enganar muitas pessoas. Mas o vejo sem disfarces, até as profundezas do seu ser. Não há lugar para fingimento na relação comigo. Alegre-se pelo alívio de ser totalmente compreendido. Converse comigo sobre suas dificuldades e inseguranças. Aos poucos, vou transformar suas fraquezas em força. Lembre-se de que nossa relação está embebida em graça. Portanto, nada do que você faça ou deixe de fazer pode separá-lo do meu amor. 
1Samuel 16:7; Romanos 8:38-39

#13J# Tente ver cada dia como uma aventura cuidadosamente planejada pelo seu guia. Em vez de tentar programá-lo de acordo com a sua vontade, preste atenção em mim e em tudo o que eu organizei para você. Agradeça-me por este dia em sua vida, reconhecendo que ele é uma dádiva preciosa e única.

Confie em que estou ao seu lado em cada momento, mesmo que você não sinta minha presença. Uma atitude confiante e grata o ajudará a ver os acontecimentos da sua vida de acordo com a minha perspectiva. Uma vida ao meu lado jamais será enfadonha ou previsível. Espere deparar com surpresas todos os dias! Resista à tendência de buscar o caminho mais fácil. Esteja disposto a seguir para onde eu o levar. Por mais íngreme e traiçoeira que seja a estrada à sua frente, o lugar mais seguro é ao meu lado. Salmos 118:24; 1Pedro 2:21

#08J# A OBEDIÊNCIA É O CAMINHO DA SABEDORIA: O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se (Pv 10.8).

A obediência é o caminho mais curto para a felicidade. A essência da vida bem-aventurada é a obediência. A queda dos nossos pais foi fruto da desobediência. A tragédia da confusão das línguas na torre de Babel foi resultado da desobediência. A peregrinação do povo de Israel no deserto por quarenta anos foi consequência da desobediência. O cativeiro babilônico do povo de Judá foi produto da desobediência. A queda de Jerusalém no ano 70 d.C. foi resultado direto da desobediência. As grandes tragédias históricas vieram como desdobramento da desobediência. Tapar os ouvidos aos mandamentos de Deus e enveredar-se pela estrada escorregadia da desobediência é consumada loucura. Assim como não podemos transgredir uma lei física sem sofrermos as consequências, também não podemos transgredir a lei moral sem colhermos os inevitáveis resultados. O sábio de coração aceita os mandamentos e obedece, mas o insensato de lábios, que desanda a boca em falar impropérios, vem a arruinar-se. A obediência não é uma camisa de força nem uma viseira que nos restringe; é a nossa carta de libertação, nosso grito de independência, o único caminho que nos conduz à verdadeira felicidade. Não seja insensato, mas sábio. Não fale sem refletir, obedeça!

#07J# O BOM NOME VALE MAIS DO QUE DINHEIRO: A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão (Pv 10.7).

A história está repleta de homens que dormiram em camas de marfim, mas o colchão estava cheio de espinhos. Dormiram em berços de ouro, mas não havia paz no coração. Moraram em palacetes, condomínios fechados e apartamentos de cobertura, mas viveram encurralados pelos presságios mais horríveis. O dinheiro tem enfeitiçado muitas pessoas. Por amor ao dinheiro muitos indivíduos passam por cima de todos, escarnecem da virtude e arrastam seu nome na lama. Esquecem que o dinheiro não traz segurança nem felicidade. O dinheiro não pode comprar as coisas mais importantes da vida. O dinheiro pode comprar bajuladores, mas não amigos; pode comprar favores sexuais, mas não amor; pode comprar uma casa, mas não um lar; pode comprar diversão, mas não alegria; pode comprar um prato requintado, mas não apetite; pode comprar uma cama confortável, mas não o sono reparador; pode comprar um caixão de cedro, mas não a vida eterna. Aqueles que destroem sua honra por causa do dinheiro verão seu nome cair na podridão e sua família encher-se de vergonha e opróbrio. Mas a memória do justo é abençoada. O justo, mesmo depois de morto, ainda influencia gerações. Ele passa, mas sua memória continua inspirando milhares de pessoas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

#12 - Deixe-me prepará-lo para o dia que se estende diante de você. Eu sei exatamente o que acontecerá neste dia, enquanto você tem apenas uma vaga ideia sobre isso. Você gostaria de ter um mapa com todas as curvas e reviravoltas de sua jornada. Com certeza se sentiria mais preparado se pudesse visualizar o que há na estrada à sua frente.

Mas há um jeito melhor de se preparar para qualquer coisa que lhe aconteça hoje: passe um tempo ao meu lado. Não lhe mostrarei o que há na estrada, mas vou equipá-lo totalmente para a jornada. Minha presença é a sua companhia em cada trecho do caminho. Permaneça em comunicação contínua comigo, sussurrando meu nome sempre que precisar redirecionar seus pensamentos. Assim, você atravessará este dia com sua atenção voltada para mim. Minha presença é o melhor mapa que existe. Êxodo 33:14; João 15:4-7

#06J# O JUSTO É ABENÇOADO: Sobre a cabeça do justo há bênçãos, mas na boca dos perversos mora a violência (Pv 10.6).

Vale a pena conhecer a Deus, andar com Deus e servir a Deus. Sobre a cabeça do justo há bênçãos. A casa do justo é abençoada. Ele é como uma árvore plantada junto à corrente das águas, que nunca murcha e no devido tempo dá o seu fruto. O justo floresce como a palmeira. Quem é o justo? Não é aquele que tem justiça própria, mas aquele que foi justificado. Não é aquele recebido por Deus pelos próprios méritos, mas aquele que, apesar dos seus deméritos, crê em Cristo e se veste da sua justiça. O justo é abençoado não porque corre atrás da bênção, mas porque é conhecido e amado pelo abençoador. Se a cabeça do justo é o endereço onde mora a bênção de Deus, a boca do perverso é o lugar onde habita a violência. A bênção que marca o justo vem do céu, do alto, de Deus; a violência que procede do perverso brota dele mesmo, pois a boca fala do que está cheio o coração. Sobre a cabeça do justo há bênçãos vindas de Deus que se espalham para outras pessoas; da boca dos perversos, porém, procede a violência que destrói e mata. O perverso segue pela estrada larga da condenação espalhando palavras de morte, enquanto o justo esparge a luz de Cristo, trescala seu perfume e distribui bênçãos ao seu redor. Ele é abençoado por Deus e por isso se torna um abençoador para os homens.

#05J# FAÇA UMA POUPANÇA: O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha (Pv 10.5).

 John Wesley disse, com razão, que devemos ganhar tudo o que pudermos, poupar tudo o que pudermos e dar tudo o que pudermos. A previdência não pode nos levar à usura nem à generosidade irresponsável. Precisamos ajuntar no tempo da fartura como José fez no Egito. Não podemos gastar tudo o que ganhamos nem comer todas as sementes que colhemos. Precisamos poupar a fim de termos um saldo positivo nos dias de vacas magras. Vivemos numa sociedade consumista, que ama as coisas e esquece as pessoas. O consumismo nos ilude com a tola ideia de que somos o que temos. Na década de 1950, consumíamos cinco vezes menos do que consumimos hoje e não éramos menos felizes por isso. Na década de 1970, mais de 70% das famílias dependiam apenas de uma renda para se manter. Hoje, mais de 60% das famílias dependem de duas rendas para manter o mesmo padrão. O luxo do ontem tornou-se a necessidade do hoje. Entramos nessa espiral consumista e acabamos comprando coisas de que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que não conhecemos. Precisamos trabalhar mais; precisamos poupar mais; precisamos investir mais. Esse é o caminho da sabedoria!

#04J# CUIDADO COM A PREGUIÇA: O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se (Pv 10.4).

A preguiça é a mãe da miséria e a patrona da pobreza. Aqueles que têm alergia ao trabalho e fogem dele como se fosse praga contagiosa empobrecem. Aqueles que amam o sono e encontram toda sorte de desculpas para não trabalhar, esses acabam tendo a mente cheia de coisas perversas. O ditado popular diz: “Mente vazia é oficina do diabo”. O trabalho é uma bênção. O trabalho não é castigo nem fruto do pecado. É uma ordem de Deus. O homem trabalhava antes da queda e trabalhará depois da glorificação. O céu não será uma bem-aventurança contemplativa, mas um trabalho dinâmico e deleitoso. A Bíblia diz que no céu os servos de Deus o servirão. O trabalho dignifica o homem, supre as necessidades da família, faz prosperar a sociedade e glorifica a Deus. O trabalho é uma bênção, e devemos nos dedicar a ele com profundo zelo. Todo trabalho feito com honestidade é digno. Podemos trafegar da indústria ao santuário com a mesma devoção. O trabalho gera riqueza, pois a mão dos diligentes vem a enriquecer-se. Por intermédio do trabalho fazemos o que é bom, cuidamos de nós mesmos e da nossa família e ainda acudimos ao necessitado.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

#03J# DEUS CUIDA DO JUSTO: O Senhor não deixa ter fome o justo, mas rechaça a avidez dos perversos (Pv 10.3).

Deus não desampara aqueles que nele confiam. Ele trabalha no turno da noite para cumular de bênçãos os que andam retamente. Aos seus amados, ele dá enquanto dormem. Não há Deus como o nosso, que trabalha para aqueles que nele esperam. Ele cavalga nas alturas para nos ajudar. Está assentado na sala de comando do universo, tem nas mãos o controle da história e age de tal maneira que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam. Essa não é a linguagem da conjectura hipotética, mas da certeza experimental. Deus cuida do justo e não o deixa ter fome. Davi disse: Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão (Sl 37.25). Se Deus assiste aos justos, também rechaça a avidez dos perversos. Deus alimenta os famintos, mas despede vazios os ricos. Deleita-se nos humildes, mas está contra os soberbos. Cuida dos justos, mas desampara aqueles que, de forma avarenta, ajuntam apenas para si. John Mackay, ilustre reitor da Universidade de Princeton, disse que o maior problema do mundo não é a escassez de recursos, mas a má distribuição das riquezas. Precisamos ter o coração aberto para Deus e as mãos abertas para o próximo.

#02J# CUIDADO COM O DINHEIRO MAL ADQUIRIDO: Os tesouros da impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte (Pv 10.2).

Estamos vivendo uma crise sem precedentes em nossa sociedade. A crise que mais nos assola é a de integridade. Os valores morais estão sendo tripudiados. A lei do levar vantagem em tudo parece governar nossa gente. Políticos inescrupulosos vendem a alma da nação para serem eleitos. Esquemas de corrupção escondem quadrilhas de colarinho branco, que trafegam pelos corredores do poder amealhando os tesouros da impiedade. As riquezas que deveriam socorrer os aflitos e levantar as colunas de uma sociedade justa são desviadas para contas bancárias de grã-finos que fazem as leis, delas escarnecem e no final escapam do tribunal humano. Aqueles, porém, que acumulam os tesouros da impiedade, vivem no fausto e no luxo e ajuntam para si riquezas mal adquiridas verão que seus bens serão combustível para a própria destruição. A riqueza injusta produz morte, mas a justiça livra da morte. É melhor ser um pobre íntegro do que um rico desonesto. É melhor comer um prato de hortaliças onde há paz do que viver na casa dos banquetes com a alma atribulada. É melhor ser um pobre rico do que um rico pobre.

#01J# FILHOS, FONTE DE ALEGRIA OU DE TRISTEZA: O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe (Pv 10.1).

Os filhos são um manancial de alegria ou uma fonte de tristeza para os pais. Trazem grandes alegrias ou profundo sofrimento. Há filhos sábios que obedecem e honram os pais, e esses se tornam bem-aventurados na vida e dilatam seus dias sobre a terra. Porém, há filhos insensatos que escarnecem da educação recebida dos pais e jogam fora todos os princípios aprendidos no lar. Esses filhos entram pelos atalhos e descaminhos da vida, juntam-se a más companhias, mergulham nos labirintos escuros dos vícios e entregam-se a toda sorte de devassidão. Nessa jornada inglória, colhem os frutos malditos de sua semeadura insensata. Transtornam a própria vida, envergonham a família e provocam sofrimentos indescritíveis à sua volta, especialmente aos pais. Benditos são os filhos regidos pela sabedoria, e não pela insensatez. Benditos são os filhos que andam pela estrada da santidade, em vez de naufragarem nos pântanos da impureza. Benditos são os filhos que ouvem e honram os pais e são motivo de alegria para eles. São esses que glorificam a Deus, abençoam a família, fortalecem a igreja e constroem uma sociedade justa. São esses que experimentarão a bênção de uma vida superlativa aqui e, por meio de Cristo, desfrutarão da bem-aventurança eterna.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

#04J# O AMOR QUE COBRE TRANSGRESSÕES: O ódio causa brigas, mas o amor cobre todas as transgressões (Pv 10.12).

O amor não é uma emoção, mas uma atitude. O amor não é o que diz, mas o que faz. O amor enaltece as virtudes do próximo e, ao mesmo tempo, encobre suas transgressões. O amor confronta o amigo pessoalmente e o defende publicamente. O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Quem ama não expõe a pessoa amada ao ridículo. Quem ama não vulnerabiliza o relacionamento, desnudando a pessoa amada, mas se esforça para cobri-la com o seu cuidado protetor. Cão, filho de Noé, ao ver a nudez de seu pai, não a cobriu e sofreu amargamente as consequências desse ato. Ele agiu na contramão do amor. O amor cobre multidão de pecados. O amor não se alegra com o fracasso do outro; antes, protege o outro do vexame. O amor não espalha notícias desabonadoras, mas é uma caixa de ressonância do bem. O marido precisa proteger a esposa, e a esposa precisa proteger o marido. Os pais precisam proteger os filhos, e os filhos precisam proteger os pais. A família precisa ser refúgio para os feridos. A igreja precisa ser abrigo para os aflitos e cansados. Em uma comunidade onde reina o amor, os erros são tratados com discrição e as virtudes são divulgadas com profusão. Onde o amor reina, prevalece o cuidado, fortalecem-se os vínculos e pereniza-se a devoção.